quinta-feira, 29 de julho de 2010

Getúlio, Lula e o povo

Lula tem cerca de 80% de aprovação segundo as pesquisas de opinião. Todos analistas de todas as correntes de pensamento e classes sociais dizem que isso se deve em parte a sua capacidade de comunicação com o povo. Creio que este é um dado certo. Muitos também agregam, e também me parece óbvio, que muito de sua aprovação deriva das medidas sociais compensatórias, a começar pelo Bolsa Família - que atinge mais de 11 milhões de famílias - além do PROUNI e outras medidas que minoram as gigantescas carências sociais do povo. Minoram mas não resolvem nem pretendem atacar suas razões essências. Para a popularidade de Lula agrego sempre um outro elemento, a saber, o desastre da oposição de direita, a lembrança do caráter antipopular e reacionário do governo FHC. Na comparação, mesmo um crítico do governo Lula com poucas idéias de esquerda tem dificuldades de achar os tucanos menos ruins. Os tucanos e seus amigos do DEM são mesmo insuperáveis. Neste sentido, a limitada política internacional do governo petista parece revolucionária - embora não tenha nada disso - comparada com a porcaria de política contra-revolucionária do PSDB, que faz coro ao imperialismo norte-americano contra a Venezuela, contra o Irã e semeia preconceitos contra a Bolívia e Honduras, por exemplo.
Apesar das pesquisas, porém, não creio que o apoio a Lula o tornará uma liderança que nas próximas décadas seja lembrado como um defensor do povo. Não são poucos analistas que dizem que ele disputará com Getúlio este lugar na consciência da população. Não quero fazer um balanço do período de Getúlio, mas se sabe que até hoje existe gente que reivindica as conquistas da época de Getúlio. De fato, neste período, muitas conquistas sociais foram obtidas, em particular uma legislação social que hoje, aliás, esta cada vez mais ameaçada pelos planos tucanos-petistas.
Não gosto e nem vejo muito sentido em se especular sobre o futuro em geral nem muito menos em como Lula será visto. Mas me permitam apenas uma "especulaçãozinha". Não creio, sinceramente, que daqui a 50 anos ele seja visto como um líder do povo que honrou seus compromissos. Não faz sentido. Não corresponde à verdade. Estou longe de ser getulista. Minhas formação é socialista e minha herança, a herança moral e de classe que reivindico é de Prestes e Olga, Mário Pedrosa, Astrogildo Pereira, Lixio Xavier, não a de Getúlio. Mas Getúlio não foi um traidor de classe. Sua origem foi burguesa e como defensor da burguesia unificou as forças burguesas gaúchas antes em conflito e levou adiante um projeto de desenvolvimento industrial. Liderou a partir do Rio Grande uma revolução burguesa que modernizou o Brasil, embora tenha negado a democratização do país. Hoje, embora o Brasil esteja mudando, no marco de um cenário internacional de transição, de menor poder relativo dos EUA - e maior peso de países como a China, Índia, Rússia e o próprio Brasil, não creio que Lula esteja dirigindo revolução alguma, nem mesmo burguesa.
Apesar de Delfim Neto ter dito que Lula foi o salvador do capitalismo brasileiro, creio que seu papel para a burguesia e para o estado nacional está longe de ser comparado ao que Getúlio fez. De qualquer forma, neste caso, Lula apenas trabalhou para outra classe social, não a sua. Por isso, na hipótese de ser reivindicado como útil pelos capitalistas - o que considero que de fato está sendo - e muito - não imagino que os capitalistas de tempos futuros estejam interessados em enaltecer quem serviu seus antecessores sendo de origem humilde, das classes trabalhadoras. E as classes trabalhadoras mais conscientes e informadas vão saber que com Lula a aposentadoria dos trabalhadores ficou mais difícil - não mais fácil - que os reajustes dos aposentados foram baixos, que a corrupção ficou livre, que políticos como Sarney e Renan Calheiros foram protegidos, que a economia foi ainda mais desnacionalizada, que a política econômica foi de continuidade entre FHC e Lula. Ou seja, no futuro, a classe trabalhadora verá em Lula um traidor de classe. E os traidores, mesmo os apoiados em algum momento, não ficam populares diante da história.

Diário de campanha - Redes sociais

Bom dia a todos e todas! Ontem o dia foi tão agitado que não tive tempo pra tuitar. Imprensa, campanha de rua, reuniões. O tempo voôu.o jornalista Fernando Albrecht do JC RS registrou que nossa campanha está forte nas redes sociais.E hj, o Albrecht, noticiou a filiação do cartunista Nani no PSOL atravéz de Ruas . Um demonstração da força do PSOL.
Preciso agradecer a todos os apoiadores da minha candidatura que dão um show nas redes sociais! Mas podemos muito mais!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Diário de campanha: Conversa no barulho entre um militante e um eleitor...

Na esquina da Borges com a Riachuelo, no centro de Porto Alegre, no barulho das 18 horas do entardecer frio de um dia sem chuva. Já não se via direito as pessoas na fraca iluminação do centro da capital gaúcha e menos ainda se escutava com facilidade quando se tentava conversar. Neste clima, um militante fala para o eleitor que lhe concedeu a conversa: - precisamos lutar, temos que nos organizar para lutar. O eleitor responde: - eu também estou lutando, luto para ter uma dentista! - Nós também fomos petista, diz apressado o militante. Logo o assunto ganha novos contornos e cada uma segue sua vida.

Diário de campanha

Uma senhora me abordou na rua e perguntou se eu não sabia como ela poderia trabalhar. Seu rosto bem claro mostrava sua descendência alemã ou polaca, moradora de Sapucaia do Sul. Me disse sua idade: 49 anos, de rosto cansado, com o marido doente e sem renda. Ela pergunta: no que posso trabalhar?
No Brasil real o povo precisa de trabalho e não encontra...

A atriz Maria Ribeiro vota em Marcelo Freixo PSOL RJ

Diário de campanha

Ontem foram oito horas de panfletagem na rua, muito cansativo, mas compensador visto que a campanha eleitoral já está mostrando que há espaço político para o PSOL. Hoje a primeira atividade do dia será no Banrisul da Osvaldo Aranha

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Do blog da Luciana

Ótima plenária de inauguração do meu comitê, de Roberto Robaina e Pedro Ruas na Av. João Pessoa, 911. Partido unido, outros candidatos compareceram.

Me emocionei contando o começo da minha história política junto com Roberto no Julinho em 1985. Estamos juntos desde lá.


Tivemos um filho maravilhoso, o Fernando. O casamento acabou há tempos mas a amizade e o companheirismo político só se fortaleceu.

O Roberto tem uma capacidade política enorme, nenhuma vaidade ou encantamento por cargos e prestígio. Por isso merece ser deputado!


Fonte - lucianagenro.com.br