sexta-feira, 21 de maio de 2010

PSOL visita Associação de Soldados e Cabos e apoia PEC 300

Robaina, Agra, Luciana, Caiel, Lucas e Ruas (Letícia Heinzelmann) title=
A deputada federal Luciana Genro esteve nesta sexta-feira, 21, na Abamf – Associação dos Soldados e Cabos da Brigada MIlitar no Rio Grande do Sul, acompanhada do presidente do PSOL gaúcho e candidato a deputado estadual, Roberto Robaina, e do vereador de Porto Alegre e candidato ao governo do Estado pelo partido, Pedro Ruas. Eles foram apresentar à direção da entidade a pré-candidatura do tenente Alex Caiel, diretor jurídico da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar, à Câmara Federal, como representante da categoria brigadiana.

Um dos objetivos do encontro com o presidente da associação, Leonel Lucas, e com o diretor-geral, Ricardo Agra, foi debater propostas para a segurança pública para o programa de governo do PSOL. Além das demendas estaduais, foi debatida a PEC 300, que estipula o piso salarial da categoria e pela qual os brigadianos estão dispostos a brigar até sua aprovação.

Luciana apoiou a luta: “Os policiais de todo o país estão atentos aos deputados, por isso eles não levam o projeto à votação, porque terão que aprova, como ocorreu com as aposentadorias e o Ficha Limpa. Estão tramando uma alternativa de invalidar depois.” Lucas garantiu que só o projeto for vetado, a categoria iniciará uma nova luta. “Vemos com bons olhos a candidatura de Caiel, porque sabemos que ele trabalha pela categoria e precisamos de um deputado que nos represente, que coloque seu mandato à disposição da categoria”, elogiou Lucas.

Robaina elogiou a organização da categoria em torno de sua luta e afirmou: “Pedro Ruas irá mostrar que o PSOL é capaz de construir uma alternativa de poder no RS.”

Fonte: www.lucianagenro.com.br

Do blog da Luciana, Atenção: Ficha Limpa foi adulterado, fim do fator previdenciário pode ser vetado…

A aprovação do projeto Ficha Limpa e o fim do fator previdenciário foram vitórias importantes. Entretanto, como qualquer vitória que se dá nos estritos marcos do parlamento, tem que ser relativizada. O Ficha Limpa foi adulterado. Da maneira como foi aprovada, a lei tornará inelegíveis os políticos que forem condenados A PARTIR da sua vigência. Alegando ser apenas uma emenda de redação, o senador Francisco Dornelles, do PP, mudou o tempo verbal de uma palavrinha que pode mudar tudo. Digo pode, pois isso deve acabar sendo objeto de uma disputa judicial. Já no tema dos aposentados o problema é de outra ordem. Sem margem de manobra, os senadores aprovaram o projeto tal qual ele chegou da Câmara, com o reajuste de 7,7% e o fim do fator. O perigo agora é o veto. Se eu fosse fazer uma aposta, apostaria que Lula vai vetar o fim do fator, e talvez até sancione o reajuste de 7,7% para tentar compensar. O desgaste eleitoral será gigante, mas diante dos mercados que tremem quando se fala em melhorar as condições de aposentadoria, aposto que Lula vai preferir agradar os mercados. Na Câmara crescem as pressões para votar projetos de interesse de categorias, como a PEC 300, que institui piso dos policiais. O governo treme pois sua base não quer perder votos nas eleições. Hora de aumentar a pressão!

Fonte: www.lucianagenro.com.br

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Instituto Sollus adia mais uma vez esclarecimento aos vereadores

O vereador Pedro Ruas ( PSOL) reiterou no espaço de liderança da oposição nesta quarta-feira o seu discurso da ultima segunda-feira. Na ocasião Ruas afirmara não acreditar que o Instituto Sollus fosse até a Câmara de Vereadores para esclarecer definitivamente o desvio dos R$ 9,6 milhões do Programa de Saúde da Família no ano passado. Na quarta-feira os vereadores foram informados que o encontro da OSCIP com os vereadores agendado para esta quinta-feira, mais uma vez fora adiado sem data estipulada.


Isto confirma as previsões do líder da oposição, que disse que o Executivo municipal não permitiria a presença do Instituto na Câmara. Para o vereador do PSOL trata-se de uma estratégia da Prefeitura Municipal e sua base na Câmara de Vereadores para irem adiando a assinatura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) requerida por 11vereadores para investigar a situação da saúde no Município.

Fonte: Walmaro Paz

Trinta anos sem Ian Curtis

Israel Dutra me enviou seu artigo. Gostei e publico no blog. Boa leitura
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Há trinta anos, no dia 18 de maio de 1980, com apenas vinte e três anos e no auge de sua produção lírica, num subúrbio do interior da Inglaterra, Ian Curtis se despediria para sempre da vida.
Sua genialidade foi compartilhada como guitarrista, arranjador, vocalista com estilo singular(sua voz grave foi um dos pontos altos da carreira), e sobretudo, como letrista mordaz e apaixonado.
Sua vida foi marcada pelo convívio em Manchester, tradicional cidade operária. Junto com seus amigos Peter Hoork e Bernard Summer acabou entrando para a história ao formar uma banda que mudaria o cenário musical inglês, influenciando diretamente roqueiros de todo o mundo. Indiretamente, o movimento do Rock Brasileiro dos anos oitenta bebeu do legado de Ian e do Joy Division. Mesmo depois do desfecho trágico, os continuadores do Joy Division, reagrupados no New Order, continuaram marcar corações e mentes com sua arte contemporânea.

Bem vindos aos anos oitenta

Ainda no final dos anos setenta, o Joy Division foi formado por influência direta do punk inglês, em especial do Sex Pistols. Apenas no ano de 1978 que a banda adotou o nome pelo qual seria imortalizada- até então eram conhecidos como Warshaw(em referência a cidade de Varsóvia, por ser um patrimônio de resistência da humanidade, referida numa canção de Bowie). O nome Joy Division fazia menção a uma casa de prostituição, que adotara este nome por conta da área destinada às prostitutas nos campos de concentração. A ironia melancólica do nome servia como senha do estilo Ian Curtis.

Sombrios, cada vez mais sombrios

O final dos setenta na Inglaterra estavam marcados pela ascensão "original" do neoliberalismo. Uma juventude operária marcada pela desesperança e pelo desemprego expressava na música seus anseios e desencontros. Surgido daí o movimento punk, encabeçado por bandas como os Sex Pistols e o The Clash. Anos mais tarde, como profecia terrível, este sentimento iria se confirmar na gestão pioneira de Margaret Tatcher, que derrotando greves, destroçando direitos de trabalhadores, fazia valer a máxima: "Não há futuro".
Neste contexto sombrio, o Joy Division irá dialogar com o romantismo e a "new wave". A dança desajeitada e furiosa de Ian Curtis, simulando ataques epiléticos em pleno palco seria uma das marcas deste perfil.
Sua influência pode ser vista, no Brasil, nas letras de Cazuza, nos trejeitos de Renato Russo, e mesmo na sonoridade de bandas como o Nenhum de Nós.

Mas, o amor novamente vai nos separar

A obra inacabada do Joy Division e suicídio prematuro de Ian Curtis pode ser visto como o melhor prenúncio dos anos oitenta. Anos de grandes derrotas nas greves mineiras, de auge do Punk, de retorno dos góticos. Anos díficeis e inovadores. Tempos discordantes. No Brasil, o gosto do novo com a queda da ditadura, com novos movimentos artísticos e culturais em Brasília, Porto Alegre e São Paulo. Em Manchester, Londres, uma Europa desencantada, cheirando à ressaca. Como cantaram os Smiths, "há pânico nas ruas de Londres, Birminghan..."
Apenas em 2007, Ian Curtis ganhou uma merecida homenagem com uma biografia no cinema, intitulada "Control". Um filme de rara percepção e sensibilidade, com uma atuação brilhante de Sam Riley. Eis uma história que vale a pena conhecer. As melhores locadoras de Porto Alegre têm em suas prateleiras este título.
A desesperança de seu tempo calou o jovem Ian. Sua canção mais conhecida encerrou o veredicto, "uma vez mais o amor vai nos separar".

Israel Dutra

terça-feira, 18 de maio de 2010

Óleo de peroba para cara de pau


Crédito: Elson Sempé Pedroso, CMPA


A vereadora Fernanda Melchionna levou nesta segunda-feira, 17, para a tribuna da Câmara Municipal de Porto Alegre um vidro de óleo de peroba. Ela afirmou que o produto era um presente para a prefeitura e seu titular José Fortunatti (PDT), por sua cara de pau, ao usarem a crise grega como pretexto de não concederem nenhum reajuste aos municipários. Ela lembrou que na sexta-feira, estava na frente da prefeitura com os municipários. Após duas horas de reunião, a direção do sindicato contou essa versão da crise que foi dada pelos secretários do município.

Na tribuna, Fernanda lembrou que a defasagem dos salários dos municipários já atinge 20% e eles estão pedindo apenas 10% para iniciar as negociações. Disse ainda que a administração gasta R$ 30 milhões anuamente com o pagamento de cargos de confiança e existem servidores concursados cujo básico é inferior ao piso nacional.

Fonte: Wálmaro Paz

Manifesto em prol do Fundo Social do pré-sal

Manifesto que faz a comunidade sul-riograndense aos excelentíssimos senadores da República Federativa do Brasil

Senhores Senadores:

Tramita nessa Casa o conjunto de Projetos de Lei regulatórios do petróleo brasileiro, que determinarão o futuro do Brasil e das gerações que nos haverão de suceder. Estamos, portanto, diante de um momento verdadeiramente histórico, pela sua singularidade, em que temos em mãos a condição de decidir que Nação desejamos ser e legar aos nossos filhos e netos.

Somos um País marcado pela penúria, pela dificuldade e, consequentemente, pela escassez, fato que tem determinado um pesado contencioso social histórico do Brasil para com os brasileiros. Mas eis que são colocados em suas mãos a arma e o antídoto capazes de zerar as mazelas e seqüelas históricas que nos impediram de chegar a uma sociedade mais desenvolvida e justa.

E a arma e o antídoto a que nos referimos é o imenso tesouro que foi legado ao Brasil, via o petróleo do Pré-Sal, o qual, se bem definido o seu uso, nos permitirá alcançar um novo Brasil, emergindo de uma decisão magnânima daqueles que postulam uma pátria soberana e livre dos pesados ônus que a miséria, em todas as suas fácies, nos traz.

Representando mais de 60 entidades engajadas no COMITÊ GAÚCHO EM DEFESA DO PRÉ-SAL, vimos manifestar-lhes a preocupação de que o interesse da Pátria paire acima dos interesses circunstanciais, pois as definições não tomadas em prol do Brasil somente servirão aos que desejam um Brasil submisso e pobre, o quê, temos certeza, nenhum dos nobres Senadores da República endossaria.

O mais importante é que se siga em frente, votando os projetos enviados pelo Governo e aprovados no Congresso Nacional: o Fundo Social, a capitalização da Petrobras, a Petro-Sal, e, em especial, o novo marco regulatório para exploração de petróleo, que estabelece que os contratos doravante serão de partilha e não de concessão. Como está na Lei atual, cabe a quem extrair a propriedade de 100% do petróleo, ficando a União com apenas cerca de 21% do lucro, e, ainda, pagos em dinheiro. No mundo, a participação dos países produtores é, em média, de 84% e recebidos em petróleo.

Para as próximas décadas, a redenção do País poderá se materializar pela decisão dos Senhores, objetivando a construção de uma Nação desenvolvida sustentadamente, que se torne modelo de justiça social.
Para isso defendemos as posições que seguem, as quais, temos certeza, são suas também, entendendo:

1. Que o Pré-Sal tem que ser do Brasil, para os brasileiros, por uma questão de soberania nacional;
2. Que se impõe a definição de um novo marco regulatório, que preserve o interesse coletivo do Brasil e das suas riquezas, e impeça que elas sejam expropriadas por interesses estranhos ao País;
3. Que os leilões de novos blocos exploratórios do petróleo brasileiro sejam definitiva e terminantemente cancelados, pois ferem a propriedade, os interesses e a soberania do Brasil;
4. Que a questão dos royalties seja tratada sem paixão e com bom senso, encontrando-se um caminho de viabilidade que concilie os interesses mútuos dos entes federativos, sem expor ninguém a nenhum constrangimento, mas que, a médio e longo prazo, alcance equanimidade distributiva da riqueza;
5. Que a emenda Henrique Alves, que devolve em petróleo os royalties pagos pelo consórcio em reais, ressarcindo-o graciosamente com 15% da produção de petróleo, seja banida do projeto que veio da Câmara, por seu exacerbado entreguismo, assim como a emenda em tramitação no Senado, que prevê a entrega, pela Petrobras, de poços de petróleo em terra, cuja propriedade será transferida para produtores privados, em detrimento da União;
6. Que seja promovida a capitalização da Petrobras, a fim de que não nos faltem recursos para levar adiante a prospecção e o domínio de tecnologias de ponta, imprescindíveis à materialização do sonho de um Brasil sustentadamente desenvolvido e justo;
7. Que não haja empecilhos à votação dessas matérias, e nenhum motivo menor justifique o entrave a maior e mais importante oportunidade que o Brasil está tendo de encontrar o seu destino de Nação mais viável do Planeta e tornar-se o País que queremos para nós e para as gerações futuras.

Entendemos que o petróleo do Pré-Sal é um recurso que a natureza nos legou; é um patrimônio de todo o POVO BRASILEIRO e da Nação e que, por decorrência, deve espalhar suas benesses ao conjunto dos Estados e Municípios, para que estes possam ter condições de fomentar a elevação do nível de qualidade de vida para todos os brasileiros, de forma sustentada e justa.

Fonte: www.lucianagenro.com.br

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Acordo nuclear Irã - Brasil - Turquia

Ontem saiu a notícia do acordo nuclear celebrado entre Brasil, Turquia e Irã. Foi um gol de placa da diplomacia brasileira, daqueles de entrar para os livros de história. É claro que o conflito histórico envolvendo Irã com os EUA, por exemplo, não está resolvido, mas o Brasil entrou como protagonista de modo correto, como deve entrar. A diplomacia e o Departamento de Estado do imperialismo norte americano e francês sofreram um claro revés com a decisão do Irã de fechar um acordo tendo a mediação do Brasil. Ou, para usar palavras mais leves e talvez mais certas, mostrou-se a ineficácia de suas políticas para lutar pela paz no mundo. E a diplomacia brasileira e o governo Lula acertaram em apostar nas negociações mesmo quando a burguesia brasileira através de seus jornais e editorias desacreditava a iniciativa. O acordo prevê o que os EUA e França não conseguiram nem com ameaças de agressão nem com conversas ( que Irã envie à Turquia 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento (3,5%) e em troca, receba o material enriquecido a 20% para ser usado em pesquisas médicas em Teerã. Bem, isso a Diplomacia brasileira alcançou graças às suas relações com a Venezuela. Sim, porque é evidente que quem costurou esta política foi o presidente venezuelano Hugo Chávez. Foi a partir daí que tanto Venezuela e Irã resolveram, corretamente, fortalecer o Brasil como ator internacional. E de fato o Brasil se fortaleceu, desta vez de modo sério, não com pirotecnia e tapinhas nas costas. Mas com um acordo internacional com o Irã que nenhum outro país havia conseguido realizar.