sábado, 19 de junho de 2010

Que vice

Comentário inevitável: Berfran Rosado, o escolhido para vice de Yeda Crusius, o mais corrupto governo da história do Rio Grande, é o mesmo que foi o vice de Manuela do PC do B na chapa para prefeitura. É mole?

Convenção PSOL - RS


Foto Hugo Scotte

PSOL oficializa Pedro Ruas como candidato ao Piratini
A educadora Marliane Santos comporá a chapa como vice


A militância do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade do Rio Grande do Sul, reunida neste sábado, 19 de junho, no salão da Igreja N. Sra. da Pompeia, em Porto Alegre, homologou suas candidaturas aos cargos executivos e legislativos para as eleições de 2010. O advogado trabalhista e vereador da Capital Pedro Ruas foi escolhido por unanimidade como candidato a governador, e compõe a chapa como vice a educadora e dirigente do Cpers/Sindicato Marliane Ferreira dos Santos, primeira mulher negra a disputar o Piratini.


"Temos uma chapa que vai crescer, inclusive, pelos erros dos nossos adversários, que são muitos e que caem cada vez mais em contradição", disse Ruas. "O voto no PSOL é o voto na esquerda. Não 'um' voto na esquerda, mas 'o' voto na esquerda. Quero ir para o debate com Yeda Crusius - com os outros candidatos também, é claro, mas especialmente com Yeda. Para cobrar diretamente dela a corrupção que denunciamos neste governo. O combate à corrupção é obrigação de um partido popular e social como o PSOL!" Ruas também defendeu uma revisão da dívida do Estado com a União: "Eu acredito que ela já tenha sido paga várias vezes. Que dívida é essa que enquanto mais se paga mais aumenta? Temos que mostrar quem sempre ganha enquanto há miseráveis no Rio Grande do Sul. É nosso papel mostrar que isso não é destino e denunciar por que isso acontece."


Concorrem ao Senado o professor da UFPel Luiz Carlos Lucas e a funcionária da Ufrgs Bernardete Menezes, a Berna. Na disputa pela primeira cadeira do PSOL na Assembleia Legislativa, estão 39 candidatos, entre eles, o presidente regional do partido, Roberto Robaina. Disputam a Câmara Federal 37 candidatos: Luciana Genro busca à reeleição, assim como seu suplente Geraldinho, que assumiu o mandato durante quatro meses, em 2009.


Na eleição nacional, Plínio de Arruda Sampaio é o pré-candidato do PSOL à Presidência da República.


Fonte www.lucianagenro.com.br

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Como chegamos a isso?

Reproduzo abaixo um artigo de Luzia Hermann, companheira que vive no vale do Taquari e dirigente sindical, publicado na Zero Hora do dia de hoje. No artigo ela fala sobre a violência nas escolas.
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Como chegamos a isso?
Por Luzia Herrmann*

Sabe, às vezes nos sentimos impotentes diante de tantos problemas, preconceitos, descaso... diante de tanto jogo de interesses que, na grande maioria das vezes, não têm o ser humano como foco das preocupações e das ações.

Sou professora aposentada, 57 anos, casada, três filhos, uma neta; alfabetizadora durante anos, formadora de professores de nível médio em Curso Normal, militante sindical desde a década de 70, vejo, com muita apreensão, a forma como são abordadas questões fundamentais para o bem-estar da sociedade. Há temas que se transformam em “moda” e estão na mídia, quase que diariamente. O bullying, como se referem, agora, às diferentes formas de agressão, é um deles. Nós denunciamos isso há muitos anos, nas escolas, nas famílias, nas mais diferentes instituições e classes sociais.

A escola é um lugar onde “explodem” esses problemas, pois a criança vem de casa com toda essa “bagagem”. E o professor? Como está essa “pessoa”? Qual a sua situação de vida? Saúde física e mental? Como poderá enfrentar todos os desafios que se apresentam? Quem lhe dá suporte?

Caso a defesa do professor venha do sindicato, dizem que é corporativismo. Nossa classe já não aguenta mais. Não é por acaso que há laudos “pipocando” nas escolas. É muita pressão! Esse adolescente que rouba é culpado? Quem é culpado? Existem culpados! Como localizá-los? Que ações deverão ser implementadas para minimizar a desgraça da população: drogas, valores distorcidos...?

Família educa! Professor ensina!

Esse adolescente é um problema não só dessa professora, mas da escola, da família, do bairro, da cidade, do Estado, do país, enfim, de um sistema que tomou conta da sociedade como um todo, em qualquer lugar do mundo, em todas as classes sociais.

Somente quem está nas escolas pode avaliar o que significa conviver com todas as dificuldades que lá existem, de toda ordem. Agora, ano eleitoral, é revoltante ouvir discursos que têm solução pra tudo.

Ou mudamos a forma de encarar a vida humana, ou a barbárie se instala de uma vez por todas.

Neste desabafo, quero dizer que muitos de nós estamos trabalhando pelo bem das pessoas. Nós, professores, queremos trabalhar em boas condições, com segurança, com conhecimento de causa e que os alunos aprendam, pois é para isso que existe nossa profissão.

*Professora aposentada

Sandra Starling - Vale a pena ler para conhecer o PT

Meu amigo Antônio Neto me mandou a carta de Sandra Starling, histórica líder do PT de Minas Gerais. É incrível como a política se move e a relação entre a política e a ciência. Aparentemente, nunca o PT esteve tão forte. Afinal, se Dilma for eleita, o PT começará a governar pelo terceito mandato. Mas neste blog mesmo publiquei que o PMDB de Sarney terá muito peso num eventual novo governo. Assim, é preciso ser dito que quem examina a situação apenas pelas aparências pode errar gravemente. A ciência vai além do dado, do aparente. Quer saber o conjunto do movimento. E quem vê o conjunto, os fenômenos em todo o desenvolvimento não pode desconsiderar a carta de Sandra. O PT está muito mais forte? Para perder Sandra tem que estar mais fraco. Para apoiar Sarney no Maranhao e liquidar o PT de Minas tem que estar mais fraco. Nem sempre os votos dizem tudo sobre um partido. Bem, leiam a carta vocês mesmos e me digam se não é certo que o PT está cada vez mais de costas para o futuro. Estou com Sandra. E nunca é tarde para dar o passo certo. Eis a mensagem que Neto me mandou e que a dirigente do PT (ex-dirigente)Sandra está divulgando.

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Diante da decisão tomada de apoio ao Hélio Costa, nada mais
me restou fazer. Envio artigo que sairá amanhã no OTEMPO.
Abraços. Sandra.


MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO

”Adeus ao Partido dos Trabalhadores

Sandra Starling


Ao tempo em que lutávamos para fundar o PT e apoiar o sindicalismo ainda “autêntico” pelo Brasil afora, aprendi a expressão que intitula este artigo. Era repetida a boca pequena pela peãozada, nas portas de fábricas ou em reuniões, quase clandestinas, para designar a opressão que pesava sobre eles dentro das empresas.

Tantos anos mais tarde e vejo a mesma frase estampada em um blog jornalístico como conselho aos petistas diante da decisão tomada pela Direção Nacional, sob o patrocínio de Lula e sua candidata, para impor uma chapa comum PMDB/PT nas eleições deste ano em Minas Gerais.

É com o coração partido e lágrimas nos olhos que repudio essa frase e ouso afirmar que, talvez, eu não tenha mesmo juízo, mas não me curvarei à imposição de quem quer que seja dentro daquele que foi meu partido por tantos e tantos anos. Ajudei a fundá-lo, com muito sacrifício pessoal; tive a honra de ser a sua primeira candidata ao governo de Minas Gerais em 1982. Lá se vão vinte e oito anos! Tudo era alegria, coragem, audácia para aquele amontoado de gente de todo jeito: pobres, remediados, intelectuais, trabalhadores rurais, operários, desempregados, professores, estudantes. Íamos de casa em casa tentando convencer as pessoas a se filiarem a um partido que nascia sem dono, “de baixo para cima”, dando “vez e voz” aos trabalhadores. Nossa crença abrigava a coragem de ser inocente e proclamar nossa pureza diante da política tradicional. Vendíamos estrelinhas de plástico para não receber doações empresariais. Pedíamos que todos contribuíssem espontaneamente para um partido que nascia para não devermos nada aos tubarões. Em Minas tivemos a ousadia de lançar uma mulher para candidata ao Governo e um negro, operário, como candidato ao Senado. E em Minas (antes, como talvez agora) jogava-se a partida decisiva para os rumos do País naquela época. Ali se forjava a transição pactuada, que segue sendo pacto para transição alguma.

Recordo tudo isso apenas para compartilhar as imagens que rondam minha tristeza. Não sou daqueles que pensam que, antes, éramos perfeitos. Reconheço erros e me dispus inúmeras vezes a superá-los. Isso me fez ficar no partido depois de experiências dolorosas que culminaram com a necessidade de me defender de uma absurda insinuação de falsidade ideológica, partida da língua de um aloprado que a usou, sem sucesso, como espada para me caluniar.

Pensei que ficaria no PT até meu último dia de vida. Mas não aceito fazer parte de uma farsa: participei de uma prévia para escolher um candidato petista ao governo, sem que se colocasse a hipótese de aliança com o PMDB. Prevalece, agora, a vontade dos de cima. Trocando em miúdos, vejo que é hora de, mais uma vez, parafrasear Chico Buarque: “Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade. Uma saideira, muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde.”

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas

Por Léo Lince, sociólogo e mestre em ciência social

O reajuste de 7,7% para os aposentados com rendimentos acima do salário mínimo, depois de muita pressão, foi aprovado nas duas casas do Congresso Nacional. Alvíssaras! Em véspera de eleições o parlamento é sempre mais permeável. A decisão, no entanto, continua na gaveta do chefe do Executivo. Em dúvida sobre o risco eleitoral de sua propensão ao veto, ele empurra com a barriga.
Enquanto isso e até por conta de tal hesitação e demora, o oligopólio midiático sintonizado com o modelo dominante aciona seus tentáculos. Todo santo dia o cidadão é bombardeado pelo chumbo grosso de uma propaganda contrária ao aumento dos aposentados. A disputa pelos recursos do orçamento público, normal nas condições de um maior equilíbrio democrático, ganha uma vestimenta ideológica marcada por uma impressionante agressividade.
Rádios, revistas, televisões e, principalmente, os jornalões de circulação nacional, cerram fileiras em torno de uma campanha feroz. Editoriais, articulistas adestrados, economistas de banco, matérias e pesquisas ideologicamente orientadas, sempre batendo na mesma tecla. ‘Não pode, é febre de gastança’. ‘Projeto demagógico, poderoso fator de desequilíbrio’. ‘Ruinoso para a contabilidade pública, uma hemorragia de gastos’. ‘Populismo anacrônico, fora de contexto, tumultua a gestão fiscal’. São alguns dos petardos da guerra ideológica contra os aposentados.
Querem o veto ao reajuste dos aposentados e apresentam tal decisão como resultante de um suposto “clamor técnico”. Mentira. Não há “clamor técnico” algum, nem sangria desatada. A diferença entre a proposta original do Executivo e o que resultou da votação no Parlamento, como despesa orçamentária, equivale a R$ 1,1 bilhão anual. Quantia bem menor do que os R$ 13,8 bilhões anuais resultantes do aumento de 0.75% na taxa Selic, decretado na mesma época pelo Banco Central. E não se ouviu falar em “clamor técnico” ou “poderoso fator de desequilíbrio”.
Em 2009, os juros e amortizações da dívida pública consumiram 36% do orçamento federal. Um absurdo. Nenhum jornal, no entanto, chamou de estorvo. Um sumidouro de recursos que não merece campanha na mídia grande e nem parece preocupar os titulares da República. Os que se declaram estarrecidos com o aumento de 7,7% dos aposentados não se incomodam o mais mínimo com os inacreditáveis R$ 2,2 trilhões da dívida pública.
Dilma Rousseff, candidata oficial do sistema, forneceu explicações muito esclarecedoras sobre a aceleração vertiginosa do endividamento. Em entrevista recente na rádio CBN, ela afirmou que a dívida cresceu porque, na crise, o governo teve que liberar US$ 100 bilhões do compulsório para os banqueiros. Cresceu também porque o governo teve que injetar US$ 180 bilhões no BNDES para que se pudesse garantir empréstimos e patrocinar fusões e incorporações de grandes empresas em dificuldades. Além de, para tranqüilizar os investidores estrangeiros, bancar reservas internacionais da ordem de US$ 250 bilhões. Tudo muito claro.
A campanha cerrada contra o reajuste dos aposentados, neste quadro, faz sentido. Ela é uma contrapartida lógica do vergonhoso tributo ao grande capital, que trata com naturalidade a dívida monstruosa. São elementos de uma ideologia dominante que faz do Brasil o que ele é hoje: inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas.
Léo Lince é sociólogo e mestre em ciência social

Fonte socialismo.org.br

CCJ aprova recuperação do valor original das aposentadorias

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira, 16, o Projeto de Lei 4434/2008, do senador Paulo Paim (PT/RS), que recupera o número de salários mínimos a que tinha direito o aposentado no momento da concessão do benefício. Representando o governo, o deputado José Genoíno (PT/SP) votou contra o projeto.

A proposta cria um índice de correção previdenciária para garantir o reajuste dos benefícios da previdência de acordo com o aumento do valor mínimo pago pelo Regime Geral da Previdência Social. Na prática, como o valor mínimo é igual ao salário mínimo, o projeto cria a vinculação, com caráter retroativo. Há uma regra de transição de cinco anos até que a proporção entre benefício e valor mínimo seja totalmente recuperada. O índice, então, que será individual, passará a ser usado para cálculo dos reajustes por toda a vida do beneficiário.

Impacto financeiro

Genoíno voltou a ameaçar cortes sociais caso o PL seja aprovado, com a falsa justificativa de déficit previdenciário. Ele afirmou que, como não foi analisado pela Comissão de Finanças e Tributação, não há estimativa do Congresso do impacto financeiro das mudanças, mas o governo federal avalia que irá custar de R$ 85 a R$ 95 bilhões.

Em um plenário lotado por entidades e aposentados, foi lembrado que os aposentados perderam 23% de seus benefícios durante o governo FHC e 44% no governo Lula. Hoje, só restam 8,5 milhões de aposentados que ganham mais de um salário mínimo, mas, a cada ano, milhares saem dessa condição, dadas as perdas acumuladas.

Tramitação

A proposta já foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família, mas ainda não há parecer da Comissão de Finanças e Tributação, que deverá apresentar sua posição quando da votação da matéria pelo Plenário.


Com informações da Agência Câmara

Convenção Estadual do PSOL

Amigos e companheiros,
Convido à todos para a Convenção Estadual do PSOL será que Realizada dia 19 Sábado às 9h30 na Igreja Nossa Senhora da Pompéia localizada na rua Barros Cassal, 220, tradicional em nossos encontros. Na Convenção serão homologadas as Candidaturas ao Governo do Estado, Câmara Federal, Assembléia Legislativa e Senado. Também haverá debate sobre o Programa de Governo do PSOL e estratégias Para a Campanha Eleitoral.

Nos vemos lá!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lula veta fim do fator previdenciário

O esperado veto presidencial à emenda que acaba com o fator previdenciário foi anunciado nesta terça-feira, 15, horas antes da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol. O assunto, é claro, acabou não ganhando a atenção merecida da grande imprensa ou do grande público. Já o reajuste de 7,7% para os aposentados – que antes de ser aprovado pelo Congresso, e mesmo depois, era considerado nefasto pelo governo, com os ministros da área econômica dizendo que a medida levaria o país à falência – foi sancionado por Lula. Não é para menos: em ano eleitoral, com sua candidata em plena campanha, o governo não pode bancar esse desgaste com os aposentados, grande parte eleitores.

A Câmara começa agora a trabalhar uma alternativa à extinção do fator. O presidente interino, Marco Maia, sugeriu à noite como proposta alternativa o texto do então relator do Projeto de Lei 3299/2008 na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Pepe Vargas, que, segundo ele, “coloca a discussão em outro patamar”.

Com informações da Agência Câmara

Fonte: www.lucianagenro.com.br

terça-feira, 15 de junho de 2010

Dilma é o PMDB mais forte

A matéria do Estadão que reproduzo abaixo fala por si só. Apenas digo que a mudança de lado do PT, ou seja, sua passagem para a defesa do regime burguês de modo claro e sem vergonha, impediu que o Brasil rompesse com décadas de reacionarismo político expresso nos caciques das oligarquias. E não creio que o que está reproduzido abaixo seja exagero. Num eventual governo Dilma, o PMDB será fortalecido na máquina estatal. Vale a pena ler


Direção do partido mapeou votos contrários à aliança com Dilma para apresentar fatura mais alta ao PT em caso de vitória em outubro

Por Malu Delgado

Na convenção em que Michel Temer foi homologado candidato a vice-presidente na coligação com Dilma Rousseff (PT), o PMDB revelou a voracidade com a qual pretende ocupar espaços políticos e administrativos num eventual governo da petista.

Empenhada em controlar as dissidências e, assim, apresentar a fatura mais alta ao PT em caso de vitória, a direção do PMDB mapeou os votos contrários à aliança, ou seja, os que apoiaram a candidatura presidencial do ex-governador Roberto Requião (PR).

Dos 95 votos que Requião obteve, 76 partiram do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; 12 de São Paulo, e 7 do Nordeste. As urnas foram montadas de forma a permitir que os aliados de Temer identificassem os núcleos dissidentes e a força de cada um.

Temer garantiu ao PT que se empenhará pessoalmente na "adesão" de prefeitos paulistas do PMDB à candidatura de Dilma, minimizando a força de Orestes Quércia, aliado do tucano José Serra. Pelo placar da convenção, na qual obteve 560 votos favoráveis à candidatura de vice, Temer provou ter o controle do partido.

"Não vai haver um eventual governo Dilma. Vai haver um eventual governo Dilma e Temer. Vamos ganhar juntos e governar juntos", afirmou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA). "Fomos peça-chave no governo do presidente Lula e seremos peça-chave no governo da ministra Dilma", bradou o presidente do Senado, JOSÉ SARNEY. Na convenção do PT, Sarney recebeu agradecimento explícito de Lula, pelo resultado da votação do modelo de partilha do pré-sal.


'Estado' está sob censura há 319 dias


Desde o dia 29 de janeiro, o Estado aguarda uma definição judicial sobre o processo que o impede de divulgar informações a respeito da Operação Boi Barrica, pela qual a Polícia Federal investigou a atuação do empresário Fernando Sarney.


A pedido do empresário, que é filho do presidente do Congresso, senador JOSÉ SARNEY (PMDB-AP), o jornal foi proibido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) em 31 de julho do ano passado de noticiar fatos relativos à operação da Polícia Federal.

No dia 18 de dezembro, Fernando Sarney entrou com um pedido de desistência da ação contra o Estado. Mas o jornal não aceitou o arquivamento do caso.

No dia 29 de janeiro, o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira apresentou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal manifestação em que sustenta a preferência do jornal pelo prosseguimento da ação, a fim de que o mérito seja julgado.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PSOL realiza ato em solidariedade aos povos da Grécia e de Honduras

No Congresso da Classe Trabalhadora – CONCLAT, o PSOL demonstrou sua solidariedade ativa aos povos em luta e deu um passo à frente na política internacionalista

Aproveitando o CONCLAT, o PSOL realizou uma importante atividade internacional, que unificou todas as forças internas do partido. O ato homenageou a luta dos gregos e hondurenhos e reuniu centenas de militantes. Sua qualidade política e democrática foi possível devido ao acúmulo internacionalista do PSOL, que deu saltos a partir do Seminário Internacional de agosto de 2009.

Graças ao trabalho de estreitamento político com organizações socialistas aliadas, o PSOL garantiu uma delegação internacional de grande representatividade e qualidade política no CONCLAT. Estiveram presentes: Sotiris Martalis, da Grécia, membro da direção de SIRYZA (Coalizão de Esquerda Radical) e da Federação de Trabalhadores do Serviço Público; Juan Barahona, principal líder da Frente Nacional de Resistência Popular de Honduras (FNRP). Também foram convidados a usar da palavra Sergio Garcia, dirigente do MST da Argentina e Jean Puyades, do NPA da França


A iniciativa de trazer a Sotiris e Barahona foi da Secretaria de Relações Internacionais do PSOL junto com a Fundação Lauro Campos, e seu presidente Martiniano Cavalcante. Também juntas, a Secretaria e a Fundação produziram uma edição especial da Revista Socialismo e Liberdade sobre a crise econômica européia e os novos acirramentos da luta de classes. No Ato foi lançada a nova edição da Revista. O companheiro Rodrigo Paixão, do PSOL e da Intersindical, teve também um papel importante na conformação da delegação do PSOL no Congresso do CONCLAT é nesta iniciativa.

A SYRIZA, organização de Sotiris Martalis, é uma frente que reúne 11 partidos da esquerda grega, e que tem sido um pólo de organização das manifestações massivas contra as medidas de austeridade do governo. Já a FNRP é a principal organização de massas hondurenha que combateu aguerridamente o golpe de Estado e não reconhece as eleições de novembro. Hoje é a maior força política e social representante de um projeto alternativo de poder para Honduras.


O ato foi organizado junto com Intersindical e MAS (Movimento Avançando Sindical), a atividade foi aberta pelo Secretário-Geral do PSOL, Afrânio Boppré, que falou da importância do estudo da dinâmica da crise, suas repercussões no Brasil e a necessidade de uma resposta unitária da esquerda. Em seguida, Pedro Fuentes , Secretário de Relações Internacionais do PSOL, apresentou os dois convidados, Sotiris Martalis da Grécia e Juan Barahona de Honduras. Homenageou a luta destes dois povos, e os presenteou com a camiseta do PSOL.


Juan Barahona relatou a situação de truculência do Estado hondurenho, após o golpe que retirou Manuel Zelaya do poder. As perseguições e assassinatos clandestinos encomendados pelo Estado não param. Para o companheiro hondurenho, devemos "repudiar a repressão, que já vitimou uma centena de ativistas e dirigentes sindicais. O movimento popular deve articular esta demanda democrática, junto às suas bases, para levantar uma Assembléia Nacional Constituinte. Estamos nos organizando nos bairros mais pobres de Tegucigalpa para esta tarefa". “Ressaltou que no primeiro de maio se fiz uma grande manifestação aonde participaram 400 mil pessoas. Barahona reforçou o papel progressivo que cumpriram os países da ALBA para isolar o governo golpista de Pepe Lobo.


O Deputado Amauri Soares (MAS/Corrente Prestista) reafirmou a necessidade de uma nova organização Internacional. Fernando Silva, o Tostão, da Executiva do PSOL, ressaltou os elementos que compõem a nova fase da crise econômica, e como ela pode se desenvolver em 2011. Fabiano Garrido, da Secretaria de Comunicação do PSOL, ponderou que a unidade da esquerda não pode ser abstrata. Para ele "temos que somar forças já, na insistência pela Frente de Esquerda, que tem em Plínio Sampaio seu melhor nome e reserva moral dos socialistas brasileiros".


Saudaram o evento Jean Puyades do NPA (França) e Sérgio Garcia do MST (Argentina). Sergio comparou a situação da Grécia atual com a Argentina em 2001, convocando a responsabilidade dos setores mais lúcidos da esquerda socialista.


Pedro Fuentes encerrou o ato anunciando uma medida concreta de solidariedade internacional: a participação de Juan Barahona na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal em Brasília (junto aos deputados do PSOL) no dia 8 de junho. Garantiu que o intercâmbio com delegações gregas, brasileiras, argentinas, francesas, hondurenhas em solidariedade as novas greves gerais na Europa será permanente.


Foi um avanço para a atuação internacionalista de todo PSOL, pesando o fato de que o CONCLAT terminou frustrado, por responsabilidade dos intentos permanentes de assegurar sua hegemonia pelo PSTU. Para o PSOL, foi um passo adiante. O PSOL deve se orgulhar da aliança com SYRIZA, uma organização revolucionária ampla, com implantação na classe operária e participação ativa na vida política da Grécia. Além disso, o PSOL estreitou ainda mais suas relações com a resistência hondurenha, com quem têm que assumir mais resposavilidades.


Vários companheiros do PSOL viabilizaram importantes tarefas organizativas e políticas, entre eles Denise Simeão (imprensa), Thiago Aguiar (tradução), entre outros.


Esta atividade demonstra o caráter marcadamente internacionalista do PSOL, e lança novas tarefas e desafios. Novos passos são possíveis, porque uma grande maioria do PSOL tem atuado de forma unitária na militância internacional, engajando-se e colaborando reciprocamente. É indispensável que o PSOL seja cada vez mais internacionalista e, por isso, mais forte e unitário.


Fonte Pedro Fuentes
Secretaria de Relações Internacionais PSOL
skype: pedromovimiento
www.internacionalpsol.wordpress.com

Luta do PSOL em Montenegro/reunião da bancada gaúcha

NOTA À IMPRENSA MONTENEGRINA

O Hospital Montenegro vive dias de definições estratégicas. A saúde pública no país vive um caos. Em recente pesquisa realizada pelo IBOPE, a área da saúde é onde os eleitores brasileiros acreditam que deva haver mais atenção e investimento do Poder Público, dado que este serviço se encontra cada vez mais sucateado e sem recursos para sobreviver.
Na cidade de Montenegro a realidade poderia ser diferente. Nosso hospital é um dos únicos públicos no país que pode oferecer um serviço gratuito e de qualidade. Hoje o HM vive uma situação difícil financeiramente, já que os recursos repassados não condizem com a realidade de demanda que o HM tem que atender. Criou-se uma falsa cultura de que atendimento hospitalar bom é atendimento privado. O HM hoje conta com uma estrutura capaz de satisfazer gratuitamente toda a população da região do Vale do Caí, oferecendo um serviço de qualidade.
Enfrentamos, entretanto, um grande problema: falta de recursos. Infelizmente, não há possibilidade de mantermos esta estrutura, sem apoio real (não de palavras, pois dessas já estamos cheios) financeiro, onde possamos saldar nossas dívidas e continuar prestando esse serviço público fundamental.
No sentido de defender a saúde pública, o Partido Socialismo e Liberdade - PSOL, por meio de Luiz Américo Aldana e a deputada federal Luciana Genro, colocaram na pauta da reunião da bancada gaúcha, que se realizará na próxima segunda-feira 14/06/2010, a situação do HM. Uma comissão já está formada para acompanhar a reunião, contando com representação do conselho de saúde da cidade, a direção do HM e representantes do PSOL. Sabendo da importância desta pauta e da própria reunião, viemos convocar a todos cidadãos para acompanhar a citada reunião que realizar-se-á na Assembléia Legislativa em Porto Alegre.

Atenciosamente;
Luiz Américo Aldana; Partido Socialismo e Liberdade.