terça-feira, 15 de junho de 2010

Dilma é o PMDB mais forte

A matéria do Estadão que reproduzo abaixo fala por si só. Apenas digo que a mudança de lado do PT, ou seja, sua passagem para a defesa do regime burguês de modo claro e sem vergonha, impediu que o Brasil rompesse com décadas de reacionarismo político expresso nos caciques das oligarquias. E não creio que o que está reproduzido abaixo seja exagero. Num eventual governo Dilma, o PMDB será fortalecido na máquina estatal. Vale a pena ler


Direção do partido mapeou votos contrários à aliança com Dilma para apresentar fatura mais alta ao PT em caso de vitória em outubro

Por Malu Delgado

Na convenção em que Michel Temer foi homologado candidato a vice-presidente na coligação com Dilma Rousseff (PT), o PMDB revelou a voracidade com a qual pretende ocupar espaços políticos e administrativos num eventual governo da petista.

Empenhada em controlar as dissidências e, assim, apresentar a fatura mais alta ao PT em caso de vitória, a direção do PMDB mapeou os votos contrários à aliança, ou seja, os que apoiaram a candidatura presidencial do ex-governador Roberto Requião (PR).

Dos 95 votos que Requião obteve, 76 partiram do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; 12 de São Paulo, e 7 do Nordeste. As urnas foram montadas de forma a permitir que os aliados de Temer identificassem os núcleos dissidentes e a força de cada um.

Temer garantiu ao PT que se empenhará pessoalmente na "adesão" de prefeitos paulistas do PMDB à candidatura de Dilma, minimizando a força de Orestes Quércia, aliado do tucano José Serra. Pelo placar da convenção, na qual obteve 560 votos favoráveis à candidatura de vice, Temer provou ter o controle do partido.

"Não vai haver um eventual governo Dilma. Vai haver um eventual governo Dilma e Temer. Vamos ganhar juntos e governar juntos", afirmou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA). "Fomos peça-chave no governo do presidente Lula e seremos peça-chave no governo da ministra Dilma", bradou o presidente do Senado, JOSÉ SARNEY. Na convenção do PT, Sarney recebeu agradecimento explícito de Lula, pelo resultado da votação do modelo de partilha do pré-sal.


'Estado' está sob censura há 319 dias


Desde o dia 29 de janeiro, o Estado aguarda uma definição judicial sobre o processo que o impede de divulgar informações a respeito da Operação Boi Barrica, pela qual a Polícia Federal investigou a atuação do empresário Fernando Sarney.


A pedido do empresário, que é filho do presidente do Congresso, senador JOSÉ SARNEY (PMDB-AP), o jornal foi proibido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) em 31 de julho do ano passado de noticiar fatos relativos à operação da Polícia Federal.

No dia 18 de dezembro, Fernando Sarney entrou com um pedido de desistência da ação contra o Estado. Mas o jornal não aceitou o arquivamento do caso.

No dia 29 de janeiro, o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira apresentou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal manifestação em que sustenta a preferência do jornal pelo prosseguimento da ação, a fim de que o mérito seja julgado.

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