segunda-feira, 29 de março de 2010

Absorvido nas internas do PSOL

Nos últimos dias tenho estado absorvido pelos assuntos internos do PSOL. Não tem praticamente turno de descanso nem final de semana. Quem acompanha a vida do PSOl sabe que o partido está encontrando grandes dificuldades de escolher um nome que seja seu representante na disputa nacional, como pré-candidato à presidência. Com Heloisa disputando uma vaga no senado por Alagoas contra a turma do Renan Calheiros e do Collor apoiados pelo Lula, o PSOL tem se consumido para escolher um nome para marcar a posição do partido na disputa nacional. As conferências estaduais em sua maioria votaram a favor de Martiniano, elegendo em sua maioria delegados do MES e do MTL apoiados por Heloísa Helena. De cabeça cito MG, RJ, RN, RO, RR, PE, DF, MS, MT. Outros estados não têm ainda organização partidária forte e não elegeram representantes, como Sergipe, Maranhão, Piauí, etc. O nome de Plínio ganhou com boa diferença em SP e a disputa ficou polarizada. Há um claro impasse no partido nacionalmente e uma luta interna pelos rumos do partido. Isso acontece sempre na história da esquerda. E quando não existe ascenso das lutas sociais as vezes a temperatura interna do partido é maior do que sua atividade externa. Mas a direita, os céticos e o PT não têm nisso razão suficiente para se divertir e desdenhar o PSOL. Afinal, um dos partidos mais importantes da história da esquerda socialista no mundo, o Partido Operário Social Democrata Russo, que antecedeu o partido que conquistou o poder na revolução de 1917, o partido bolchevique, enfrentou inúmeras lutas internas, as chamadas lutas de fração, e nestas disputas internas foi também forjando sua direção como sua coluna de quadros e lideranças. É claro que ficar apenas na luta interna gangrena um partido. É preciso o ar das ruas e das atividades de massas. No caso gaúcho, quem conhece o PSOL sabe que não faltam "emoções externas". Em 2009 não tivemos folga e passamos combatendo a corrupção do governo Yeda. Agora estamos começando a campanha estadual e acabamos de reafirmar novamente o nome de Pedro Ruas como nosso candidato a governador. Estamos trabalhando nas diretrizes programáticas da campanha e vamos começar a colocar o bloco na rua para construir o PSOL como um pólo alternativo no Rio Grande. Por uma terceira via de esquerda. A Conferência gaúcha, aliás, teve 8 horas de debate. A grande maioria dos delegados esteve na chapa do MES. Trata-se de uma vanguarda partidária que está se fortalecendo. No Rio Grande do Norte o camarada e amigo Sandro Pimental foi escolhido por 93% dos delegados da conferência estadual para disputar o governo do estado. O Edilson Silva foi escolhido em Pernambuco. O Camarada José Luis Oca vai disputar o governo em Roraima. O Jefferson Moura foi escolhido no RJ. Tenho que confirmar se João Batista foi escolhido em MG. Também no Paraná e na Bahia o PSOL escolheu seu nome. O certo é que o PSOL está se preparando para disputar as eleições estaduais com energia e seriedade.

Um comentário:

  1. As plenárias são exitosas, ímpar oportunidade de crescimento ideológico, momento para as novas lideranças, idéias a somar, experiência inigualável na construção de vanguarda. Aliás, a única opção de vanguarda neste momento histórico da vida política brasileira. A candidatura de Pedro Ruas é ideal, pelos predicados e histórico político de coragem, ousadia, inteligência e, principalmente, por seu comprometimento à nossa causa revolucionária. É hora do aperfeiçoamento de planos e projetos, de somarmos nossos esforços, revelando ao fim de tudo, candidaturas viáveis por coerência, convicção e responsabilidade com as causas populares. Aproveito para dizer da minha pré-candidatura a deputado federal, para o que estou aberto ao debate e no aguardo de sugestões.

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