sexta-feira, 12 de março de 2010

Vereadoras socorrem camelôs espancados pela polícia



As vereadoras Fernanda Melchionna (PSOL) e Sofia Cavedon (PT) protagonizaram um incidente e o fechamento de um acordo entre os trabalhadores do Camelódromo e a prefeitura de Porto Alegre na tarde desta quinta-feira, 11. Avisadas pelas lideranças da Associação dos Camelôs de que a Smic – Secretaria Municipal de Indústria e Comércio estava lacrando bancas e a Polícia batendo em trabalhadores, as duas correram para o local e puderam testemunhar os policiais saindo, as bancas lacradas e trabalhadores feridos a pauladas.

Imediatamente os trabalhadores se organizaram e reabriram as bancas rompendo os lacres com o apoio das vereadoras e dirigiram-se para a prefeitura municipal bradando palavras de ordem: “SOS Camelô! Fogaça nos enganou! Camelô quer trabalhar!”


No paço municipal foram recebidos por homens armados da Guarda Municipal que isolavam a porta do prédio para impedir a entrada dos trabalhadores. Entraram as vereadoras, a imprensa, assessores e uma comissão formada de três trabalhadores: Juliano Fripp, Maria Carneiro e Rogéria Cardoso. Foram recebidos pelo secretário Clóvis Magalhães, que escutou a narrativa de Juliano e das vereadoras sobre o ocorrido e sobre o acordo que havia sido firmado verbalmente na quarta-feira, e no início da tarde descumprido pelo secretário Idenir Cechin, que mandara lacrar as 11 bancas de camelôs que não conseguem pagar os aluguéis pela falta de compradores em seus pontos de venda.

Magalhães ouviu atentamente e escutou as propostas do acordo: pagamento das dívidas do mês de janeiro até a próxima segunda-feira, da parcela de fevereiro no dia 22 e depois mensalmente uma cota de R$100, além das taxas condominiais, até colocarem as dívidas em dia. Além disso, a prefeitura fará um rezoneamento nas cobranças do bloco B, reduzindo para R$200 nos locais menos acessíveis aos consumidores e deixando em R$415 os outros. Também será criado um fundo proveniente do estacionamento, mas isso ficou acordado que ficará para uma segunda etapa.

Magalhães concordou com a proposta desde que fosse formalizada num documento até o meio dia desta sexta-feira, e as bancas permaneceriam abertas, porém condicionou a retirada das ações que estão correndo na Justiça para a proteção dos camelôs. Juliano concordou, mas exigiu também que fossem retiradas as ações da empresa Verdicon contra os trabalhadores.


Fonte: www.fernandapsol.com.br

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