quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Luciana Genro quer se candidatar à Câmara de Vereadores em 2012

Deputada do PSol disse que sistema de votação é perverso


A deputada do PSol, Luciana Genro, lamentou não ter conseguido a reeleição, mas disse que sua participação política não está limitada a um mandato. Em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, ela afirmou que será candidata à Câmara de Vereadores em 2012 e que já articula com seus advogados ação que permita com que concorra a cargo eletivo – por um artigo constitucional, Luciana está impedida de concorrer no mesmo Estado em que seu pai, Tarso Genro, foi eleito ao Piratini. "Eu recebi uma votação tão significativa que, por uma fatalidade, não me conduziu à eleição. Eu me sinto na obrigação de continuar. Eu acho que tenho uma representatividade a ser exercida."

Luciana Genro comentou também os seus 16 anos de vida política e afirmou que poderia continuar na sombra do pai, o governador eleito, Tarso Genro. "Eu tranquilamente agora poderia me conformar em ser a filha do governador e quem sabe usufruir das benesses do poder, que aliás eu já poderia ter usufruído como filha do ministro e, dessa forma, não mais me candidatar." Durante a entrevista, a parlamentar criticou o sistema de votação brasileiro, o qual chamou de perverso. "É perverso porque não é claro para as pessoas. Os eleitores acham que votam na pessoa quando na verdade estão votando na coligação ou no partido. Quem se elege no sistema, não quer mudar o sistema", alega.

O presidente regional do PSol, Roberto Robaina, que também participou do programa Esfera Pública, admitiu que a derrota eleitoral do PSol em outubro foi a não eleição de Luciana. Ambos lamentaram que a candidata tenha sido a segunda mais votada de Porto Alegre e ainda assim não tenha conseguido uma cadeira na Câmara Federal.

Ao ser questionada sobre o apoio do PSol no segundo turno, Luciana disse que o partido deve manter posição de neutralidade. Segundo ela, o povo e os trabalhadores serão penalizados igualmente com a eleição de José Serra (PSDB) ou Dilma Rousseff (PT). Ela lembrou que os segurados do INSS estão indignados com o fator previdenciário. A deputada explicou que seu apoio ao senador Paulo Paim (PT) foi em função de posições ideológicas pela luta dele em defesa dos aposentados. Luciana aproveitou a entrevista para reiterar que o PSol tem que manter sua independência para se posicionar contra as iniciativas do governo ou oposição que surgirem contra os interesses do cidadão.


Fonte: correio do Povo.

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