sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A construção do real na criança

Comprei o livro do Piaget - o título acima - mas infelizmente não vou lê-lo nos próximos dias. Tenho ainda cerca de cinco livros na frente para ler como parte de um plano de trabalho já feito. Mas estou louco para furar a fila. Piaget é um gênio. Vale a pena conhecê-lo. Não tive tempo para me dedicar a ele como gostaria. No que conheci sobre epistemologia genética não vi nada melhor sobre como o processo de aprendizado se realiza. Num livro seu sobre filosofia aprendi a relação entre as ciências e a filosofia. Sabe-se que Hegel definiu que a filosofia é o pensamento sobre sua época, um descoberta de Hegel que considerou sua própria filosofia como pensamento de sua própria época. Mas Piaget tocou num tema incrível. Vinculou a filosofia com a ciência. A matemática teria se refletido na filosofia de Platão, a biologia na de Aristóteles, a física em Descartes, a psicologia no empirismo e a sociologia e a história em Hegel e no marxismo. Quando eu ler este livro sobre a construção do real na criança quem sabe escreva algo neste blog. Piaget, que se considerava um admirador de Kant, vai mostrar aqui que não existe idéias inatas sobre o espaço e o tempo. Vai mostrar que o objeto se constrói com a prática, e no início com a manipulação dos objetos pela criança. A partir daí vai formando sua noção de espaço, de causalidade, de tempo.
Bem, termino com outro assunto, repetindo a frase que acabei de escutar no final do filme besouro, que conta um pouco a história da capoeira: "A morte não existe. A morte é viver debaixo da bota dos outros". A primeira parte eu não concordo, mas entendo o contexto. A segunda é simplesmente genial. Uma lição de como se deve viver.

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