Dois ensinamentos claros tiramos do primeiro turno das eleições regionais
- O aumento da abstenção, escolhida por milhões de jovens, de trabalhadores, de desempregados que, em grande parte, quiseram mostrar seu descontentamento frente aos partidos que se sucedem no poder ET que são responsáveis pelo agravamento de suas condições de vida.
- O vigor da rejeição da direita e de Sarkozy no poder, cúmplices dos grandes acionistas e das classes mais abonadas, que fazem a maior parte da população pagar a sua conta, que destroem o serviço público e as conquistas sociais, alimentou o crescimento do PS e do Europa-Ecologia.
Essa rejeição da direita permitiu ao PS e seus aliados, que governam 20 regiões desde 2004, de não serem sancionados pelos seus atos.
Do mesmo modo, a campanha do primeiro turno que termina foi apodrecida pela insurgência de um racismo incessante pela qual a FN(Frente Nacional – capitaneada por Jean-Marie LE PEN) foi amplamente beneficiada.
Nós agradecemos as eleitoras e eleitores que se expressaram em favor das listas apresentadas pelo NPA ou pelas listas unitárias das quais fizemos parte. Globalmente nosso escore é decepcionante mesmo si certas listas parecem ter obtido uma pontuação incentivadora. Analisaremos mais detalhadamente esses elementos e suas causas nos próximos dias.
Para o próximo domingo, fazemos um chamado às eleitoras e eleitores para que confirmem e ampliem os resultados do primeiro turno, impondo a maior derrota possível às listas patrocinadas por Sarkozy e pelo UMP. Sancionar a direita é uma necessidade absoluta, mesmo se pensamos que a maioria da esquerda eleita não será mais dura contra a política de Sarkozy do que ela já foi nos últimos anos. Desse modo, certamente não será suficiente para conter a política do UMP. Se olharmos o que acontece na Grécia, sob um governo socialista, termos um forte indício de que a situação tende a piorar nas próximas semanas. Está fora de questão que devemos pagar pela crise! Como fazem jovens, trabalhadores, desempregados e aposentados gregos, devemos preparar um terceiro turno social! Dia 23 de março deve ser uma primeira etapa de convergência das lutas pelas aposentadorias, pelos salários, pela parada imediata das demissões. E é exatamente em volta dessas exigências que queremos construir a maior unidade possível contra a direita, os patrões e os banqueiros.
Paris, 14 de março de 2010, 20H15. Comitê Executivo do Novo Partido Anticapitalista. (tradução de Rafael Lemes)
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