domingo, 11 de abril de 2010

PSOL e as eleições - Popularizar o voto 50 (e o 500) será o desafio do partido

Em vários estados do Brasil o PSOL já escolheu seus pré-candidatos aos governos estaduais. Neste sábado se encerrou o capítulo da escolha do pré-candidato da fórmula presidencial. No Rio de Janeiro se reuniram duas plenárias de delegados que haviam sido eleitos para a Conferência Nacional do PSOL. A maioria dos delegados se reuniu na sede do Sindicato dos Previdenciários, no bairro da Lapa, juntos com Heloísa Helena, Luciana Genro e 12 presidentes regionais do partido (MG, RS, RJ, GO, PE, RN, para citar alguns) na plenária em que estavam os apoiadores do Martiniano Cavalcanti. Outra parcela importante de delegados, em ligeira minoria numérica, era composta pelos apoiadores de Plínio de Arruda Sampaio e Babá, cuja plenária denominaram como Conferência e contava com uma forte maioria de delegados eleitos em SP.
Mas a escolha do candidato não ocorreu nestas plenárias. O Diretório Nacional reunido numa péssima data - 1 de abril - havia já decidido quando num ato arbitrário cassou as delegações do ACRE e o representante de Roraima. Como a retirada da candidatura de Babá a favor de Plínio era previsível - o que de fato ocorreu - a disputa entre Plínio e Martiniano era cabeça a cabeça. Uma maioria ocasional do Diretório resolveu a disputa a favor de Plínio ao cortar as duas delegações. Assim, Plínio na prática foi escolhido pelo Diretório.
Apesar do estatuto do PSOL definir que o candidato do partido deve ser escolhido numa Conferência - e de fato não existiu uma Conferência - Martiniano retirou seu nome da disputa para preservar a unidade do partido à medida que, na ausência de uma verdadeira Conferência, se inviabilizou a possibilidade de alterar a decisão do Diretório em fóruns internos do PSOL antes das eleições. Ao mesmo tempo os apoiadores de Martiniano estão desde já demandando a realização de um Congresso partidário para renovar a direção do partido que já não está em sintonia com a vontade da maioria dos filiados. Nas próximas horas estará sendo divulgado o manifesto da maioria dos delegados que foram eleitos no qual se explica não apenas as razões da renúncia de Martiniano, mas se apresentam as propostas que devem nortear a ação partidária para que o PSOL avance como ferramenta dos trabalhadores e do povo, como instrumento de organização e luta pela melhoria das condições de vida e por um projeto alternativo para o Brasil.
Agora, o desafio do partido é sair com força e energia às ruas e se vincular cada vez mais ao povo, que é o lugar do PSOL. Durante o ano, o desafio eleitoral prioritário será, sem dúvida, eleger Heloísa Helena como senadora pelo Estado de Alagoas (neste caso o voto é o 500). Heloísa enfrentará a turma de Collor e Renan, apoiados por Lula. Junto com a prioridade da eleição de nossa principal expressão pública, temos a tarefa da reeleição dos deputados federais e estaduais, em seguida a busca de novos mandatos junto com a campanha dos governadores - nós do sul vamos jogar todas as nossas forças em Pedro Ruas) e do presidente. Em todo o país, de norte a sul, para todos os cargos, o partido irá crescer chamando a população a votar no 50 (e no 500) e a construir uma alternativa de esquerda e democrática. Com o PSOL mais forte, com Heloísa Helena de volta ao Senado, os filiados e militantes escolherão soberanamente os próximos passos deste partido cuja vocação é ganhar influência junto ao povo como único caminho para mudar o Brasil.

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