sexta-feira, 25 de junho de 2010

Repúdio ao ataque israelense à Gaza!

Esta semana o Conselho de Segurança de Israel sob pressão internacional para permitir a entrada de mais bens de consumo civis no território palestino aprovou medidas que amenizam o bloqueio à Faixa de Gaza, o que não aconteceu. Ao contrário disto na madrugada de hoje, sexta feira, Israel atacou e deixou ao menos dois palestinos mortos. Mais uma ofensiva militar israelense contra a faixa de Gaza como no ataque à Frota da Liberdade, quando o Exército hebreu matou nove ativistas humanitários. Um dos organizadores do navio Crescente Vermelho, batizado 'Barco para as Crianças de Gaza' carregado com 1.100 toneladas de ajuda, em particular de medicamentos, alimentos, roupa infantil e brinquedos, disse na última quinta-feira que a missão foi cancelada devido às ameaças israelenses.
De acordo com médicos palestinos o corpo de um homem foi resgatado de um túnel no sul da costa de Gaza e um segundo cadáver ainda está sob os escombros. Enquanto meio mundo assiste à Copa, Israel segue o genocídio.

Derrotada Yeda promete realizar projeto de descentralização da FASE sem a venda dos terrenos

Temendo uma derrota na Assembleia Legislativa por causa da pressão do povo organizado e o uso dos adversários na campanha eleitoral, a governadora Yeda Crusius (PSDB) prometeu levar adiante o projeto de descentralização da FASE com recursos próprios do Estado e suspender a venda dos terrenos do Morro Santa Teresa. O líder do governo, deputado Adilson Troca (PSDB) retirou na quarta-feira (23) o pedido de urgência do PL388 que tratava da venda dos 72 hectares da FASE no Morro Santa Teresa.

A população que ocupa parte da área (cerca de 20 mil pessoas) já fez mobilizações em frente a Assembleia nas duas vezes em que o projeto ia ser votado. Nas ocasiões não houive quorum para a votação e parte da base aliada ficou relutante . A área da FASE é considerada de preservação ambiental 0or ser encosta de morro e ter 16 nascentes de água. Sua localização é nobre, ao lado do estádio Beira Rio e diversas imobiliárias estavam interessadas em sua aquisição para a construção de espigões antes da Copa do Mundo de 2014.

O projeto apresentado somente tratava da venda do terreno a preços abaixo do mercado e o Estado tinha recursos para realizar o projeto de construção das outras nove unidades previstas para a descentralização com recursos provenientes da venda das ações do Banrisul em 2009. A vereadora Fernanda participou ativamente das mobilizações que culminaram com mais esta derrota do governo corrupto de Yeda.


Fonte.fernandapsol.com.br

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Modelo de maus tratos

O episódio de hoje na Penitenciária Regional de Caxias do Sul expôs, mais uma vez, a ruína do projeto de governo Yeda Crusius. Os detentos articularam uma manifestação em que criticavam a troca de comando do presídio, que volta para SUSEPE afastada até então por estar sob investigação do Ministério Público, em função de imagens das câmeras de vigilância que flagraram a agressão contra 10 apenados. A pressão para que as cenas não fossem veiculadas teria como origem o Palácio Piratini. A denúncia seria mais um golpe nas estruturas do presídio considerado modelo de tratamento penal pelo governo Yeda. Tanto que a notícia das agressões chegou à Justiça por acaso. O major que comandava o presídio não relatou a violência contra os detentos. Foram os apenados que prestaram depoimento os integrantes do MP, denunciando o fato.
Yeda devolveu o comando à SUSEPE. Enquanto a governadora discursava,era possível escutar gritos vindos dos pavilhões onde estão os apenados. Esse é o governo Yeda Crucius, um governo que não se preocupa com os direitos humanos. Esta é a Penitenciária que a governadora chama de "uma cadeia modelo".

quarta-feira, 23 de junho de 2010

PSOL recebe mantimentos para as vítimas das enchentes em Alagoas.‏

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) também aderiu à campanha para arrecadação de donativos para as vítimas dos municípios atingidos pelas enchentes que ocorreram nos últimos dias, em Alagoas. Com isso, a sede do partido também passa ser um ponto para entrega de roupas e alimentos não perecíveis para as pessoas atingidas pelas fortes chuvas.

De acordo com os números fornecidos pela Defesa Civil, a tragédia atingiu mais de 20 municípios do Estado e já contabiliza mais de 177 mil atingidos. Ainda segundo os dados oficiais do órgão, até o momento, estima-se que 58 mil pessoas estejam desabrigadas e mais de 600 desaparecidas.

Consciente do seu compromisso social, a Executiva Estadual do partido convoca toda a sociedade alagoana a prestar solidariedade aos desabrigados das chuvas, doando alimentos de pronto consumo (enlatados e embutidos) e água potável, além de cobertores, roupas, e medicamentos (anti-inflamatório, antibiótico, antitérmico e analgésicos), seguindo as orientações da Defesa Civil.

Assim como outras entidades e organizações sociais, o PSOL estará recebendo os donativos na sua sede, localizada na Rua Tereza de Azevedo, nº 894, Farol, em Maceió, das 9h às 18h. Maiores informações pelo fone (82) 3241-7134.

Tragédia de Pernambuco e Alagoas

Pernambuco: catástrofes previsíveis

Por Edilson Silva

Pernambuco e Alagoas estão vivendo um verdadeiro drama nos últimos dias. Fortes chuvas vêm nos vitimando. Perda de vidas, perda de patrimônios culturais, de patrimônios materiais que não raro são tudo o que as pessoas têm, conquistados ao longo de uma vida de trabalho e sacrifícios.

A sociedade, como sempre acontece, mobiliza-se em solidariedade. Cada um de nós chama para si um pouco da responsabilidade por tentar diminuir ao máximo a dor, o sofrimento do nosso próximo. Fazemos aquilo que gostaríamos que fosse feito se nós mesmos estivéssemos lá, desabrigados, com frio, com fome. Colocamo-nos, assim, no lugar do outro. Isso é solidariedade.

Mas se por um lado a sociedade, em suas múltiplas faces, precisa ser aplaudida nestes momentos, por sua capacidade de criar redes autônomas e voluntárias de solidariedade, o mesmo aplauso não pode ser dado ao Estado e aos governos que mobilizam máquinas e recursos emergenciais nestes episódios.

No caso de Pernambuco, a mata sul não foi vítima de um vulcão que surgiu do dia para a noite e resolveu entrar em erupção, soterrando as cidades com lava fervente. Muito menos um tornado surgiu do nada e saiu arrastando em ventos inimagináveis imóveis, árvores e automóveis. Nem mesmo a Besta Fubana, da fictícia República Rebelada de Palmares, de Luiz Berto, resolveu aparecer e voltar sua força e poder contra a população da região. Nada disso. As catástrofes “naturais” que vitimaram a mata sul, sobretudo Palmares, são absolutamente previsíveis e controláveis. São enchentes “regulares”. Não foi a primeira e nem a última vez que o Rio Una rebelou-se.

Trata-se, nestes casos, de cuidar de rios, dos seus leitos, de sua vazão. A engenharia de nosso tempo já detém técnicas para evitar estas catástrofes. Infelizmente, os governos e os políticos que se revezam no poder é que ainda não detém sensibilidade humana para colocarem-se ao lado da maioria da sociedade no planejamento e concretização de ações preventivas.

O governador Eduardo Campos sabe disso, tanto é assim que prometeu agora (espero que cumpra!), com o leite derramado tocando-lhe a cintura, agir sobre as construções irregulares à beira dos rios, dando condições de moradia às populações em áreas adequadas; alargamento do vão das pontes, diminuindo os gargalos nos cursos d’água; construção de barragens ao longo dos rios da região para controlar a velocidade das águas, entre outras medidas que só mostram que já existia o diagnóstico do problema e as soluções também já estavam pensadas. O que faltou, então? Prioridade às prioridades!

Para além de fazer sua parte na adequação da geografia cultural aos fenômenos naturais que acontecem com bom grau de previsibilidade, o poder público, que em tese deveria refletir o bem comum, deveria também preocupar-se com a manutenção dos ecossistemas que permitem a melhor convivência harmônica entre o homem e o meio ambiente em que vivemos.

Mas, de novo infelizmente, também nisto os governos que se sucedem não estão solidários com a maioria da sociedade. Tomo emprestado trecho de excelente artigo do biólogo Leslie Tavares no blog de ciência e meio ambiente do JC on line ( http://jc3.uol.com.br/blogs/blogcma/canais/artigos/2010/06/21/obras_torrenciais_e_chuvas_planejadas__73573.php ): “(...) continua a expansão urbana e industrial sobre manguezais, que são justamente as áreas de transição entre a terra e o mar. A já escassa vegetação das margens dos rios, que evitaria a erosão, o assoreamento e a subida abrupta das águas, continua desaparecendo (...)”.

Como todos devem saber, lutamos hoje para tentar evitar a devastação de mais 600 hectares de manguezais em SUAPE, devastação que tem no governo do estado seu grande incentivador. É mais uma contradição destes governantes. Alimentam o câncer enquanto administram analgésicos.

Assim, as tragédias que vitimam agora Palmares, Barreiros e outras cidades pernambucanas, a exemplo daquelas que vitimam populações em Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro, São Paulo e outras localidades, não são naturais, de forma alguma. São sim obras conscientes de estados e governantes que atuam atendendo prioritariamente interesses de suas elites.

Candidato do PSOL ao governo de Pernambuco

Aprovada lei contra a tortura no Rio de Janeiro

Foi uma votação histórica. Com 53 votos a favor, três contrários e uma abstenção, a Alerj aprovou nesta terça-feira (22/6) projeto de lei, de autoria do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ), que cria um Comitê e um Mecanismo de Prevenção à Tortura no Estado do Rio de Janeiro. Com a nova lei, a criação desses órgãos — uma demanda antiga dos movimentos sociais de direitos humanos — vai garantir o monitoramento permanente das condições existentes nas carceragens policiais, presídios, unidades sócio-educativas e manicômios. Hoje, essas unidades de privação da liberdade não contam com qualquer mecanismo eficaz de fiscalização dos direitos humanos.

“Tem alguém nesse momento sendo torturado no Rio de Janeiro. Hoje, há dificuldade de acesso das organizações de direitos humanos a esses locais, onde ainda a tortura ocorre de forma sistemática e sob a responsabilidade do Estado”, disse Freixo. “Há uma razão histórica para a criação desses órgãos. Não se trata de um projeto contra a polícia, a não ser para aqueles que partem do princípio de que a polícia vai, inevitavelmente, torturar. E não é essa a concepção de polícia que temos”, afirmou o deputado, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj.

O projeto, proposto pelo deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), deve ser sancionado em breve — contou, afinal, com o apoio da base do governo estadual na Casa e do secretário estadual de Direitos Humanos, Ricardo Henriques. O PL recebeu também a assinatura dos deputados Jorge Picciani, presidente da Alerj, e Luiz Paulo Corrêa da Rocha, corregedor. A ONU e a internacional Associação de Prevenção da Tortura (APT) declararam o seu apoio ao projeto, durante audiência pública na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj, em 25/6.

“Esse projeto é essencial, primordial, necessário. A criação do Comitê e do Mecanismo representa, pelo caráter de independência que será conferido aos novos órgãos, uma ação de vanguarda, que vai garantir transparência e um efetivo monitoramento das unidades de privação de liberdade”, disse Sylvia Diniz Dias, delegada da APT para o Brasil. “Os membros serão escolhidos por edital público, em processo amplo e participativo, e terão independência para agir”, esclareceu Sylvia, sobre o fato de o Comitê e o Mecanismo não serem vinculados ao Executivo, mas, sim ao Legislativo.

O Brasil está bem distante de cumprir suas responsabilidades firmadas em acordos no plano internacional no enfrentamento da tortura. A situação piora ainda mais quando se sabe que o próprio Estado aparece como o responsável, especialmente nas instituições de privação de liberdade, como unidades policiais, penitenciárias, unidades sócio-educativas e manicômios. E terminou em 2008 o prazo para a criação no país de um mecanismo nacional, conforme previsto no Protocolo Facultativo à Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes, assinado pelo Brasil em 2007.

“A nova lei vai, pelo menos no Rio de Janeiro, corrigir esse atraso e servir de exemplo aos demais estados”, disse Freixo, que, em maio, na audiência pública da Comissão de Direitos Humanos sobre o tema “Monitoramento e prevenção das torturas em locais de privação de liberdade”, com participação de Mario Coriolano, vice-presidente do Subcomitê para a Prevenção da Tortura da ONU; de Hugo Lorenzo, diretor do Escritório Regional da APT para a América Latina.

Fonte marcelofreixo.com.br

terça-feira, 22 de junho de 2010

A década em que aprendemos a chorar- futebol e política

Reproduzo o artigo de Israel Dutra e Rodolfo Mohr, companheiros da juventude do PSOL.

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Por Israel Dutra e Rodolfo Mohr

Nosso país tem diferentes datas magnas. A mais usual e arbitrária é a que define como marco fundador do país a chegada de Cabral, em 1500. Outros, mais prudentes, escolhem como 1822, o referencial de independência e de “fundação” do Brasil. Como expressão dos conflitos do século XIX, as lutas regionais, a idéia de unidade nacional, a maior parte dos progressistas elegeria a proclamação da República, como o verdadeiro “ponto de ruptura”, um ano zero para o Brasil como é conhecido hoje.

Polêmicas historiográficas. Visto que não há consenso, poderíamos acrescer uma outra data: o ano de 1950. Seria a primeira vez que o Brasil inteiro se enxergaria como uma unidade? Seria o começo da popularização de uma das maiores instituições do país, o Futebol? Estas perguntas, e suas respostas, são controversas. A única certeza que foi a primeira vez que todo o país chorou. A primeira derrota nacional. Um país para existir como uma nação precisa ter sua derrotas. E Obdúlio Varela ajudou a garantir este aspecto de nossa unidade nacional.

Os anos 1950 começaram com a reinvenção da Europa após a segunda grande guerra. O Brasil experimentava seus primeiros anos democráticos. Eurico Gaspar Dutra era o Presidente do Brasil no primeiro ano da década. Vivíamos novos tempos após o fim do Estado Novo, a ditadura Varguista. O populismo imperava na política nacional. Getúlio voltou nos braços do povo, saiu da vida e entrou para história metendo uma bala no peito. Juscelino Kubitschek tornou-se célebre por prometer desenvolver o Brasil “50 anos em 5”. O crescimento da indústria transformou um país agrário em urbano. Camponeses em operários. O Rio de Janeiro desfrutava anos de cidade maravilhosa. Seus cronistas registravam as mudanças de costumes. A então capital do Brasil foi palco da nossa tragédia grega, operada por pés uruguaios.

Mas, quem era aquele grupo modesto, encarnado no uniforme celeste? Uma pequena pátria em chuteiras, de um país que estava no auge de seu desenvolvimento. Uma verdadeira potência do futebol mundial. A Celeste tinha uma tradição que ninguém tem: foi anfitriã da primeira Copa do Mundo, em 1930. Fez o dever de casa, deixando em Montevidéu a taça. Dono desta tradição, os uruguaios comemoraram em pleno Maracanã o seu tetracampeonato, como o povo deste país costumava contar. Tetra? Sim, tetra aos 50. Os nossos hermanos orientales contabilizavam a conquista de 30, somando também as medalhas de ouro nas Olímpiadas de 1924 e 28. Dito e feito. O esquadrão urugaio calou o Maracanã, liquidou com a honra do goleiro Barbosa e fez o país chorar. É certo que o Brasil choraria mais vezes, com a volta do irmão do Henfil, com a morte de Tancredo, com a retenção das poupanças de Fernando Collor. Mas, a primeira vez a gente nunca esquece.

E o time do lado de lá? Tetra ou bi, o fato foi que a conquista uruguaia correspondia a outro momento da história daquele país. Em 1950, o Uruguai era conhecido como Suíça da América. Altos indíces de escolaridade, acesso à saúde e uma cultura vasta justificavam esta alcunha. O Uruguai de hoje, enfrenta dificuldades e crises, subjugado por anos aos interesses das grandes e médias potências. Porém, segue sendo um povo simpático e honesto, com a maior parte de seus conterrâneos vivendo fora do país. E com os livros de Benedetti e Galeano colonizando positivamente o mundo. Até nos braços de Barack Obama. O mundo mudou depois daquela tarde.

E é nos anos de 1950 que surge Pelé. Heterônimo de Edson Arantes do Nascimento. O que consagrou o futebol como espetáculo e arte. E resultados. Pelé só é Pelé por ter vencido três Copas. Duas como herói, uma como lesionado. Justo quando o rei virou plebeu, o boêmio-malandro-driblador virou majestade. O mulato Garrincha no Brasil e o negro Eusébio em Portugal eram o que o futebol mundial tinha de africano nos 60. Semana que vem é eles que vamos visitar

sábado, 19 de junho de 2010

Que vice

Comentário inevitável: Berfran Rosado, o escolhido para vice de Yeda Crusius, o mais corrupto governo da história do Rio Grande, é o mesmo que foi o vice de Manuela do PC do B na chapa para prefeitura. É mole?

Convenção PSOL - RS


Foto Hugo Scotte

PSOL oficializa Pedro Ruas como candidato ao Piratini
A educadora Marliane Santos comporá a chapa como vice


A militância do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade do Rio Grande do Sul, reunida neste sábado, 19 de junho, no salão da Igreja N. Sra. da Pompeia, em Porto Alegre, homologou suas candidaturas aos cargos executivos e legislativos para as eleições de 2010. O advogado trabalhista e vereador da Capital Pedro Ruas foi escolhido por unanimidade como candidato a governador, e compõe a chapa como vice a educadora e dirigente do Cpers/Sindicato Marliane Ferreira dos Santos, primeira mulher negra a disputar o Piratini.


"Temos uma chapa que vai crescer, inclusive, pelos erros dos nossos adversários, que são muitos e que caem cada vez mais em contradição", disse Ruas. "O voto no PSOL é o voto na esquerda. Não 'um' voto na esquerda, mas 'o' voto na esquerda. Quero ir para o debate com Yeda Crusius - com os outros candidatos também, é claro, mas especialmente com Yeda. Para cobrar diretamente dela a corrupção que denunciamos neste governo. O combate à corrupção é obrigação de um partido popular e social como o PSOL!" Ruas também defendeu uma revisão da dívida do Estado com a União: "Eu acredito que ela já tenha sido paga várias vezes. Que dívida é essa que enquanto mais se paga mais aumenta? Temos que mostrar quem sempre ganha enquanto há miseráveis no Rio Grande do Sul. É nosso papel mostrar que isso não é destino e denunciar por que isso acontece."


Concorrem ao Senado o professor da UFPel Luiz Carlos Lucas e a funcionária da Ufrgs Bernardete Menezes, a Berna. Na disputa pela primeira cadeira do PSOL na Assembleia Legislativa, estão 39 candidatos, entre eles, o presidente regional do partido, Roberto Robaina. Disputam a Câmara Federal 37 candidatos: Luciana Genro busca à reeleição, assim como seu suplente Geraldinho, que assumiu o mandato durante quatro meses, em 2009.


Na eleição nacional, Plínio de Arruda Sampaio é o pré-candidato do PSOL à Presidência da República.


Fonte www.lucianagenro.com.br

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Como chegamos a isso?

Reproduzo abaixo um artigo de Luzia Hermann, companheira que vive no vale do Taquari e dirigente sindical, publicado na Zero Hora do dia de hoje. No artigo ela fala sobre a violência nas escolas.
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Como chegamos a isso?
Por Luzia Herrmann*

Sabe, às vezes nos sentimos impotentes diante de tantos problemas, preconceitos, descaso... diante de tanto jogo de interesses que, na grande maioria das vezes, não têm o ser humano como foco das preocupações e das ações.

Sou professora aposentada, 57 anos, casada, três filhos, uma neta; alfabetizadora durante anos, formadora de professores de nível médio em Curso Normal, militante sindical desde a década de 70, vejo, com muita apreensão, a forma como são abordadas questões fundamentais para o bem-estar da sociedade. Há temas que se transformam em “moda” e estão na mídia, quase que diariamente. O bullying, como se referem, agora, às diferentes formas de agressão, é um deles. Nós denunciamos isso há muitos anos, nas escolas, nas famílias, nas mais diferentes instituições e classes sociais.

A escola é um lugar onde “explodem” esses problemas, pois a criança vem de casa com toda essa “bagagem”. E o professor? Como está essa “pessoa”? Qual a sua situação de vida? Saúde física e mental? Como poderá enfrentar todos os desafios que se apresentam? Quem lhe dá suporte?

Caso a defesa do professor venha do sindicato, dizem que é corporativismo. Nossa classe já não aguenta mais. Não é por acaso que há laudos “pipocando” nas escolas. É muita pressão! Esse adolescente que rouba é culpado? Quem é culpado? Existem culpados! Como localizá-los? Que ações deverão ser implementadas para minimizar a desgraça da população: drogas, valores distorcidos...?

Família educa! Professor ensina!

Esse adolescente é um problema não só dessa professora, mas da escola, da família, do bairro, da cidade, do Estado, do país, enfim, de um sistema que tomou conta da sociedade como um todo, em qualquer lugar do mundo, em todas as classes sociais.

Somente quem está nas escolas pode avaliar o que significa conviver com todas as dificuldades que lá existem, de toda ordem. Agora, ano eleitoral, é revoltante ouvir discursos que têm solução pra tudo.

Ou mudamos a forma de encarar a vida humana, ou a barbárie se instala de uma vez por todas.

Neste desabafo, quero dizer que muitos de nós estamos trabalhando pelo bem das pessoas. Nós, professores, queremos trabalhar em boas condições, com segurança, com conhecimento de causa e que os alunos aprendam, pois é para isso que existe nossa profissão.

*Professora aposentada

Sandra Starling - Vale a pena ler para conhecer o PT

Meu amigo Antônio Neto me mandou a carta de Sandra Starling, histórica líder do PT de Minas Gerais. É incrível como a política se move e a relação entre a política e a ciência. Aparentemente, nunca o PT esteve tão forte. Afinal, se Dilma for eleita, o PT começará a governar pelo terceito mandato. Mas neste blog mesmo publiquei que o PMDB de Sarney terá muito peso num eventual novo governo. Assim, é preciso ser dito que quem examina a situação apenas pelas aparências pode errar gravemente. A ciência vai além do dado, do aparente. Quer saber o conjunto do movimento. E quem vê o conjunto, os fenômenos em todo o desenvolvimento não pode desconsiderar a carta de Sandra. O PT está muito mais forte? Para perder Sandra tem que estar mais fraco. Para apoiar Sarney no Maranhao e liquidar o PT de Minas tem que estar mais fraco. Nem sempre os votos dizem tudo sobre um partido. Bem, leiam a carta vocês mesmos e me digam se não é certo que o PT está cada vez mais de costas para o futuro. Estou com Sandra. E nunca é tarde para dar o passo certo. Eis a mensagem que Neto me mandou e que a dirigente do PT (ex-dirigente)Sandra está divulgando.

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Diante da decisão tomada de apoio ao Hélio Costa, nada mais
me restou fazer. Envio artigo que sairá amanhã no OTEMPO.
Abraços. Sandra.


MANDA QUEM PODE, OBEDECE QUEM TEM JUÍZO

”Adeus ao Partido dos Trabalhadores

Sandra Starling


Ao tempo em que lutávamos para fundar o PT e apoiar o sindicalismo ainda “autêntico” pelo Brasil afora, aprendi a expressão que intitula este artigo. Era repetida a boca pequena pela peãozada, nas portas de fábricas ou em reuniões, quase clandestinas, para designar a opressão que pesava sobre eles dentro das empresas.

Tantos anos mais tarde e vejo a mesma frase estampada em um blog jornalístico como conselho aos petistas diante da decisão tomada pela Direção Nacional, sob o patrocínio de Lula e sua candidata, para impor uma chapa comum PMDB/PT nas eleições deste ano em Minas Gerais.

É com o coração partido e lágrimas nos olhos que repudio essa frase e ouso afirmar que, talvez, eu não tenha mesmo juízo, mas não me curvarei à imposição de quem quer que seja dentro daquele que foi meu partido por tantos e tantos anos. Ajudei a fundá-lo, com muito sacrifício pessoal; tive a honra de ser a sua primeira candidata ao governo de Minas Gerais em 1982. Lá se vão vinte e oito anos! Tudo era alegria, coragem, audácia para aquele amontoado de gente de todo jeito: pobres, remediados, intelectuais, trabalhadores rurais, operários, desempregados, professores, estudantes. Íamos de casa em casa tentando convencer as pessoas a se filiarem a um partido que nascia sem dono, “de baixo para cima”, dando “vez e voz” aos trabalhadores. Nossa crença abrigava a coragem de ser inocente e proclamar nossa pureza diante da política tradicional. Vendíamos estrelinhas de plástico para não receber doações empresariais. Pedíamos que todos contribuíssem espontaneamente para um partido que nascia para não devermos nada aos tubarões. Em Minas tivemos a ousadia de lançar uma mulher para candidata ao Governo e um negro, operário, como candidato ao Senado. E em Minas (antes, como talvez agora) jogava-se a partida decisiva para os rumos do País naquela época. Ali se forjava a transição pactuada, que segue sendo pacto para transição alguma.

Recordo tudo isso apenas para compartilhar as imagens que rondam minha tristeza. Não sou daqueles que pensam que, antes, éramos perfeitos. Reconheço erros e me dispus inúmeras vezes a superá-los. Isso me fez ficar no partido depois de experiências dolorosas que culminaram com a necessidade de me defender de uma absurda insinuação de falsidade ideológica, partida da língua de um aloprado que a usou, sem sucesso, como espada para me caluniar.

Pensei que ficaria no PT até meu último dia de vida. Mas não aceito fazer parte de uma farsa: participei de uma prévia para escolher um candidato petista ao governo, sem que se colocasse a hipótese de aliança com o PMDB. Prevalece, agora, a vontade dos de cima. Trocando em miúdos, vejo que é hora de, mais uma vez, parafrasear Chico Buarque: “Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade. Uma saideira, muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde.”

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas

Por Léo Lince, sociólogo e mestre em ciência social

O reajuste de 7,7% para os aposentados com rendimentos acima do salário mínimo, depois de muita pressão, foi aprovado nas duas casas do Congresso Nacional. Alvíssaras! Em véspera de eleições o parlamento é sempre mais permeável. A decisão, no entanto, continua na gaveta do chefe do Executivo. Em dúvida sobre o risco eleitoral de sua propensão ao veto, ele empurra com a barriga.
Enquanto isso e até por conta de tal hesitação e demora, o oligopólio midiático sintonizado com o modelo dominante aciona seus tentáculos. Todo santo dia o cidadão é bombardeado pelo chumbo grosso de uma propaganda contrária ao aumento dos aposentados. A disputa pelos recursos do orçamento público, normal nas condições de um maior equilíbrio democrático, ganha uma vestimenta ideológica marcada por uma impressionante agressividade.
Rádios, revistas, televisões e, principalmente, os jornalões de circulação nacional, cerram fileiras em torno de uma campanha feroz. Editoriais, articulistas adestrados, economistas de banco, matérias e pesquisas ideologicamente orientadas, sempre batendo na mesma tecla. ‘Não pode, é febre de gastança’. ‘Projeto demagógico, poderoso fator de desequilíbrio’. ‘Ruinoso para a contabilidade pública, uma hemorragia de gastos’. ‘Populismo anacrônico, fora de contexto, tumultua a gestão fiscal’. São alguns dos petardos da guerra ideológica contra os aposentados.
Querem o veto ao reajuste dos aposentados e apresentam tal decisão como resultante de um suposto “clamor técnico”. Mentira. Não há “clamor técnico” algum, nem sangria desatada. A diferença entre a proposta original do Executivo e o que resultou da votação no Parlamento, como despesa orçamentária, equivale a R$ 1,1 bilhão anual. Quantia bem menor do que os R$ 13,8 bilhões anuais resultantes do aumento de 0.75% na taxa Selic, decretado na mesma época pelo Banco Central. E não se ouviu falar em “clamor técnico” ou “poderoso fator de desequilíbrio”.
Em 2009, os juros e amortizações da dívida pública consumiram 36% do orçamento federal. Um absurdo. Nenhum jornal, no entanto, chamou de estorvo. Um sumidouro de recursos que não merece campanha na mídia grande e nem parece preocupar os titulares da República. Os que se declaram estarrecidos com o aumento de 7,7% dos aposentados não se incomodam o mais mínimo com os inacreditáveis R$ 2,2 trilhões da dívida pública.
Dilma Rousseff, candidata oficial do sistema, forneceu explicações muito esclarecedoras sobre a aceleração vertiginosa do endividamento. Em entrevista recente na rádio CBN, ela afirmou que a dívida cresceu porque, na crise, o governo teve que liberar US$ 100 bilhões do compulsório para os banqueiros. Cresceu também porque o governo teve que injetar US$ 180 bilhões no BNDES para que se pudesse garantir empréstimos e patrocinar fusões e incorporações de grandes empresas em dificuldades. Além de, para tranqüilizar os investidores estrangeiros, bancar reservas internacionais da ordem de US$ 250 bilhões. Tudo muito claro.
A campanha cerrada contra o reajuste dos aposentados, neste quadro, faz sentido. Ela é uma contrapartida lógica do vergonhoso tributo ao grande capital, que trata com naturalidade a dívida monstruosa. São elementos de uma ideologia dominante que faz do Brasil o que ele é hoje: inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas.
Léo Lince é sociólogo e mestre em ciência social

Fonte socialismo.org.br

CCJ aprova recuperação do valor original das aposentadorias

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira, 16, o Projeto de Lei 4434/2008, do senador Paulo Paim (PT/RS), que recupera o número de salários mínimos a que tinha direito o aposentado no momento da concessão do benefício. Representando o governo, o deputado José Genoíno (PT/SP) votou contra o projeto.

A proposta cria um índice de correção previdenciária para garantir o reajuste dos benefícios da previdência de acordo com o aumento do valor mínimo pago pelo Regime Geral da Previdência Social. Na prática, como o valor mínimo é igual ao salário mínimo, o projeto cria a vinculação, com caráter retroativo. Há uma regra de transição de cinco anos até que a proporção entre benefício e valor mínimo seja totalmente recuperada. O índice, então, que será individual, passará a ser usado para cálculo dos reajustes por toda a vida do beneficiário.

Impacto financeiro

Genoíno voltou a ameaçar cortes sociais caso o PL seja aprovado, com a falsa justificativa de déficit previdenciário. Ele afirmou que, como não foi analisado pela Comissão de Finanças e Tributação, não há estimativa do Congresso do impacto financeiro das mudanças, mas o governo federal avalia que irá custar de R$ 85 a R$ 95 bilhões.

Em um plenário lotado por entidades e aposentados, foi lembrado que os aposentados perderam 23% de seus benefícios durante o governo FHC e 44% no governo Lula. Hoje, só restam 8,5 milhões de aposentados que ganham mais de um salário mínimo, mas, a cada ano, milhares saem dessa condição, dadas as perdas acumuladas.

Tramitação

A proposta já foi aprovada pela Comissão de Seguridade Social e Família, mas ainda não há parecer da Comissão de Finanças e Tributação, que deverá apresentar sua posição quando da votação da matéria pelo Plenário.


Com informações da Agência Câmara

Convenção Estadual do PSOL

Amigos e companheiros,
Convido à todos para a Convenção Estadual do PSOL será que Realizada dia 19 Sábado às 9h30 na Igreja Nossa Senhora da Pompéia localizada na rua Barros Cassal, 220, tradicional em nossos encontros. Na Convenção serão homologadas as Candidaturas ao Governo do Estado, Câmara Federal, Assembléia Legislativa e Senado. Também haverá debate sobre o Programa de Governo do PSOL e estratégias Para a Campanha Eleitoral.

Nos vemos lá!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lula veta fim do fator previdenciário

O esperado veto presidencial à emenda que acaba com o fator previdenciário foi anunciado nesta terça-feira, 15, horas antes da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol. O assunto, é claro, acabou não ganhando a atenção merecida da grande imprensa ou do grande público. Já o reajuste de 7,7% para os aposentados – que antes de ser aprovado pelo Congresso, e mesmo depois, era considerado nefasto pelo governo, com os ministros da área econômica dizendo que a medida levaria o país à falência – foi sancionado por Lula. Não é para menos: em ano eleitoral, com sua candidata em plena campanha, o governo não pode bancar esse desgaste com os aposentados, grande parte eleitores.

A Câmara começa agora a trabalhar uma alternativa à extinção do fator. O presidente interino, Marco Maia, sugeriu à noite como proposta alternativa o texto do então relator do Projeto de Lei 3299/2008 na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Pepe Vargas, que, segundo ele, “coloca a discussão em outro patamar”.

Com informações da Agência Câmara

Fonte: www.lucianagenro.com.br

terça-feira, 15 de junho de 2010

Dilma é o PMDB mais forte

A matéria do Estadão que reproduzo abaixo fala por si só. Apenas digo que a mudança de lado do PT, ou seja, sua passagem para a defesa do regime burguês de modo claro e sem vergonha, impediu que o Brasil rompesse com décadas de reacionarismo político expresso nos caciques das oligarquias. E não creio que o que está reproduzido abaixo seja exagero. Num eventual governo Dilma, o PMDB será fortalecido na máquina estatal. Vale a pena ler


Direção do partido mapeou votos contrários à aliança com Dilma para apresentar fatura mais alta ao PT em caso de vitória em outubro

Por Malu Delgado

Na convenção em que Michel Temer foi homologado candidato a vice-presidente na coligação com Dilma Rousseff (PT), o PMDB revelou a voracidade com a qual pretende ocupar espaços políticos e administrativos num eventual governo da petista.

Empenhada em controlar as dissidências e, assim, apresentar a fatura mais alta ao PT em caso de vitória, a direção do PMDB mapeou os votos contrários à aliança, ou seja, os que apoiaram a candidatura presidencial do ex-governador Roberto Requião (PR).

Dos 95 votos que Requião obteve, 76 partiram do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná; 12 de São Paulo, e 7 do Nordeste. As urnas foram montadas de forma a permitir que os aliados de Temer identificassem os núcleos dissidentes e a força de cada um.

Temer garantiu ao PT que se empenhará pessoalmente na "adesão" de prefeitos paulistas do PMDB à candidatura de Dilma, minimizando a força de Orestes Quércia, aliado do tucano José Serra. Pelo placar da convenção, na qual obteve 560 votos favoráveis à candidatura de vice, Temer provou ter o controle do partido.

"Não vai haver um eventual governo Dilma. Vai haver um eventual governo Dilma e Temer. Vamos ganhar juntos e governar juntos", afirmou o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA). "Fomos peça-chave no governo do presidente Lula e seremos peça-chave no governo da ministra Dilma", bradou o presidente do Senado, JOSÉ SARNEY. Na convenção do PT, Sarney recebeu agradecimento explícito de Lula, pelo resultado da votação do modelo de partilha do pré-sal.


'Estado' está sob censura há 319 dias


Desde o dia 29 de janeiro, o Estado aguarda uma definição judicial sobre o processo que o impede de divulgar informações a respeito da Operação Boi Barrica, pela qual a Polícia Federal investigou a atuação do empresário Fernando Sarney.


A pedido do empresário, que é filho do presidente do Congresso, senador JOSÉ SARNEY (PMDB-AP), o jornal foi proibido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) em 31 de julho do ano passado de noticiar fatos relativos à operação da Polícia Federal.

No dia 18 de dezembro, Fernando Sarney entrou com um pedido de desistência da ação contra o Estado. Mas o jornal não aceitou o arquivamento do caso.

No dia 29 de janeiro, o advogado Manuel Alceu Affonso Ferreira apresentou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal manifestação em que sustenta a preferência do jornal pelo prosseguimento da ação, a fim de que o mérito seja julgado.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PSOL realiza ato em solidariedade aos povos da Grécia e de Honduras

No Congresso da Classe Trabalhadora – CONCLAT, o PSOL demonstrou sua solidariedade ativa aos povos em luta e deu um passo à frente na política internacionalista

Aproveitando o CONCLAT, o PSOL realizou uma importante atividade internacional, que unificou todas as forças internas do partido. O ato homenageou a luta dos gregos e hondurenhos e reuniu centenas de militantes. Sua qualidade política e democrática foi possível devido ao acúmulo internacionalista do PSOL, que deu saltos a partir do Seminário Internacional de agosto de 2009.

Graças ao trabalho de estreitamento político com organizações socialistas aliadas, o PSOL garantiu uma delegação internacional de grande representatividade e qualidade política no CONCLAT. Estiveram presentes: Sotiris Martalis, da Grécia, membro da direção de SIRYZA (Coalizão de Esquerda Radical) e da Federação de Trabalhadores do Serviço Público; Juan Barahona, principal líder da Frente Nacional de Resistência Popular de Honduras (FNRP). Também foram convidados a usar da palavra Sergio Garcia, dirigente do MST da Argentina e Jean Puyades, do NPA da França


A iniciativa de trazer a Sotiris e Barahona foi da Secretaria de Relações Internacionais do PSOL junto com a Fundação Lauro Campos, e seu presidente Martiniano Cavalcante. Também juntas, a Secretaria e a Fundação produziram uma edição especial da Revista Socialismo e Liberdade sobre a crise econômica européia e os novos acirramentos da luta de classes. No Ato foi lançada a nova edição da Revista. O companheiro Rodrigo Paixão, do PSOL e da Intersindical, teve também um papel importante na conformação da delegação do PSOL no Congresso do CONCLAT é nesta iniciativa.

A SYRIZA, organização de Sotiris Martalis, é uma frente que reúne 11 partidos da esquerda grega, e que tem sido um pólo de organização das manifestações massivas contra as medidas de austeridade do governo. Já a FNRP é a principal organização de massas hondurenha que combateu aguerridamente o golpe de Estado e não reconhece as eleições de novembro. Hoje é a maior força política e social representante de um projeto alternativo de poder para Honduras.


O ato foi organizado junto com Intersindical e MAS (Movimento Avançando Sindical), a atividade foi aberta pelo Secretário-Geral do PSOL, Afrânio Boppré, que falou da importância do estudo da dinâmica da crise, suas repercussões no Brasil e a necessidade de uma resposta unitária da esquerda. Em seguida, Pedro Fuentes , Secretário de Relações Internacionais do PSOL, apresentou os dois convidados, Sotiris Martalis da Grécia e Juan Barahona de Honduras. Homenageou a luta destes dois povos, e os presenteou com a camiseta do PSOL.


Juan Barahona relatou a situação de truculência do Estado hondurenho, após o golpe que retirou Manuel Zelaya do poder. As perseguições e assassinatos clandestinos encomendados pelo Estado não param. Para o companheiro hondurenho, devemos "repudiar a repressão, que já vitimou uma centena de ativistas e dirigentes sindicais. O movimento popular deve articular esta demanda democrática, junto às suas bases, para levantar uma Assembléia Nacional Constituinte. Estamos nos organizando nos bairros mais pobres de Tegucigalpa para esta tarefa". “Ressaltou que no primeiro de maio se fiz uma grande manifestação aonde participaram 400 mil pessoas. Barahona reforçou o papel progressivo que cumpriram os países da ALBA para isolar o governo golpista de Pepe Lobo.


O Deputado Amauri Soares (MAS/Corrente Prestista) reafirmou a necessidade de uma nova organização Internacional. Fernando Silva, o Tostão, da Executiva do PSOL, ressaltou os elementos que compõem a nova fase da crise econômica, e como ela pode se desenvolver em 2011. Fabiano Garrido, da Secretaria de Comunicação do PSOL, ponderou que a unidade da esquerda não pode ser abstrata. Para ele "temos que somar forças já, na insistência pela Frente de Esquerda, que tem em Plínio Sampaio seu melhor nome e reserva moral dos socialistas brasileiros".


Saudaram o evento Jean Puyades do NPA (França) e Sérgio Garcia do MST (Argentina). Sergio comparou a situação da Grécia atual com a Argentina em 2001, convocando a responsabilidade dos setores mais lúcidos da esquerda socialista.


Pedro Fuentes encerrou o ato anunciando uma medida concreta de solidariedade internacional: a participação de Juan Barahona na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal em Brasília (junto aos deputados do PSOL) no dia 8 de junho. Garantiu que o intercâmbio com delegações gregas, brasileiras, argentinas, francesas, hondurenhas em solidariedade as novas greves gerais na Europa será permanente.


Foi um avanço para a atuação internacionalista de todo PSOL, pesando o fato de que o CONCLAT terminou frustrado, por responsabilidade dos intentos permanentes de assegurar sua hegemonia pelo PSTU. Para o PSOL, foi um passo adiante. O PSOL deve se orgulhar da aliança com SYRIZA, uma organização revolucionária ampla, com implantação na classe operária e participação ativa na vida política da Grécia. Além disso, o PSOL estreitou ainda mais suas relações com a resistência hondurenha, com quem têm que assumir mais resposavilidades.


Vários companheiros do PSOL viabilizaram importantes tarefas organizativas e políticas, entre eles Denise Simeão (imprensa), Thiago Aguiar (tradução), entre outros.


Esta atividade demonstra o caráter marcadamente internacionalista do PSOL, e lança novas tarefas e desafios. Novos passos são possíveis, porque uma grande maioria do PSOL tem atuado de forma unitária na militância internacional, engajando-se e colaborando reciprocamente. É indispensável que o PSOL seja cada vez mais internacionalista e, por isso, mais forte e unitário.


Fonte Pedro Fuentes
Secretaria de Relações Internacionais PSOL
skype: pedromovimiento
www.internacionalpsol.wordpress.com

Luta do PSOL em Montenegro/reunião da bancada gaúcha

NOTA À IMPRENSA MONTENEGRINA

O Hospital Montenegro vive dias de definições estratégicas. A saúde pública no país vive um caos. Em recente pesquisa realizada pelo IBOPE, a área da saúde é onde os eleitores brasileiros acreditam que deva haver mais atenção e investimento do Poder Público, dado que este serviço se encontra cada vez mais sucateado e sem recursos para sobreviver.
Na cidade de Montenegro a realidade poderia ser diferente. Nosso hospital é um dos únicos públicos no país que pode oferecer um serviço gratuito e de qualidade. Hoje o HM vive uma situação difícil financeiramente, já que os recursos repassados não condizem com a realidade de demanda que o HM tem que atender. Criou-se uma falsa cultura de que atendimento hospitalar bom é atendimento privado. O HM hoje conta com uma estrutura capaz de satisfazer gratuitamente toda a população da região do Vale do Caí, oferecendo um serviço de qualidade.
Enfrentamos, entretanto, um grande problema: falta de recursos. Infelizmente, não há possibilidade de mantermos esta estrutura, sem apoio real (não de palavras, pois dessas já estamos cheios) financeiro, onde possamos saldar nossas dívidas e continuar prestando esse serviço público fundamental.
No sentido de defender a saúde pública, o Partido Socialismo e Liberdade - PSOL, por meio de Luiz Américo Aldana e a deputada federal Luciana Genro, colocaram na pauta da reunião da bancada gaúcha, que se realizará na próxima segunda-feira 14/06/2010, a situação do HM. Uma comissão já está formada para acompanhar a reunião, contando com representação do conselho de saúde da cidade, a direção do HM e representantes do PSOL. Sabendo da importância desta pauta e da própria reunião, viemos convocar a todos cidadãos para acompanhar a citada reunião que realizar-se-á na Assembléia Legislativa em Porto Alegre.

Atenciosamente;
Luiz Américo Aldana; Partido Socialismo e Liberdade.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A situação do camelódromo

Estive ontem na câmara de vereadores, uma das pautas votadas em plenária foi o veto do prefeito Fortunati à um projeto de fundo financeiro para o camelódromo de Porto Alegre. O fundo, seria criado a partir da verba do estacionamento local para a manutenção do camelódromo como projeto social, já que as famílias de trabalhadores foram transferidas de seus pontos de origem para o Camelódromo sob a promessa de melhorias nas condições de trabalho, o que não aconteceu, o fluxo de pessoas para comprar produtos populares dimunuiu e óbviamente não estão conseguindo pagar o aluguel de R$ 700,00 mensais pelo espaço, aliás a maioria não está ganhando sequer para subsistência familiar. Estão endividados e por isso estão sendo expulsos do local pel SMIC.
Por outro lado, a Prefeitura mais uma vez deixa claro que está do lado da iniciativa privada, quando cedeu concessões para a empresa Verdi explorar o local por 25 anos sem nenhum tipo de controle dos lucros e da postura da empresa, mas nega-se a desenvolver políticas públicas para ajudar os trabalhadores como havia se comprometido.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Repúdio à agressão israelense

Acabo de sair de câmara de vereadores de Porto Alegre. Assisti ao debate em votação sobre a Resolução de repúdio à agressão israelene à ajuda humanitária que se destinava a Gaza. Como todos sabem, o resultado da agressão de Israel foi a morte de nove ativistas. Tudo isso para defender a manutenção de uma situação na faixa de Gaza que muito bem pode ser comparada ao gueto de varsóvia e outros locais em que os judeus foram brutalmente perseguidos. A moção de repúdio foi apresentada vereador Pedro Ruas e defendida também pela jovem combativa vereadora Fernanda Melchionna e contou com o apoio de maioria dos vereadores. Pelo que Ruas informou trata-se da primeira manifestação sobre este assunto aprovada em casa legislativa brasileira.

Parabéns Luciana Genro! Pela Vitória no Projeto que regulamenta o Imposto Sobre Grandes Fortunas!

CCJ aprova regulamentação do IGF

Tributo foi criado pela Constituição de 88 e nunca regulamentado

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou nesta quarta-feira, 9, o Projeto de Lei Complementar 277/08, da deputada Luciana Genro, que regulamenta o Imposto sobre Grandes Fortunas, criado pela Constituição de 88 em seu artigo 153,VIII. A proposta aprovada taxa todo patrimônio acima de R$ 2 milhões. O projeto ainda precisa ser votado pelo Plenário. Se for aprovado, seguirá para o Senado.

Conforme a proposta, a alíquota vai variar de 1% a 5%, dependendo do tamanho da riqueza e não será permitida a dedução, no Imposto de Renda anual, dos valores recolhidos ao novo tributo.

Para o patrimônio de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões, a taxação será de 1%. Entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, ela será de 2%. De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, de 3%. De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões, de 4%; e de 5% para fortunas superiores a R$ 50 milhões.

O relator, deputado Regis de Oliveira (PSC/SP), recomendou a aprovação da proposta. A CCJ analisou apenas os aspectos constitucionais, jurídicos e de técnica legislativa do projeto (não analisou o mérito). “O imposto sobre grandes fortunas funcionaria como um imposto complementar ao Imposto de Renda, para apoio ao combate às desigualdades sociais. Assim, o governo teria mais dinheiro em caixa para investir em saúde, educação, moradia e infraestrutura, entre outros serviços básicos”, disse o relator.

“A regulamentação do Imposto sobre Grandes Fortunas, criado pela Constituição de 1988, é obrigação moral num país com desigualdade abissal, como o Brasil”, justifica Luciana.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Conheça o programa do PSOL

Carta de Silvio Tendler ao governo israelense

Senhores que me envergonham:
Judeu identificado com as melhores tradições humanistas de nossa cultura, sinto-me profundamente envergonhado com o que sucessivos governos israelenses vêm fazendo com a paz no Oriente.Médio.

As iniciativas contra a paz tomadas pelo governo de Israel vem tornando cotidianamente a sobrevivência em Israel e na Palestina cada vez mais insuportável.

Já faz tempo que sinto vergonha das ocupações indecentes praticadas por colonos judeus em território palestino. Que dizer agora do bombardeio do navio com bandeira Turca que leva alimentos para nossos irmãos palestinos? Vergonha, três vezes vergonha!

Proponho que Simon Peres devolva seu prêmio Nobel da Paz e peça desculpas por tê-lo aceito mesmo depois de ter armado a África do Sul do Apartheid.

Considero o atual governo, todos seus membros, sem exceção, merecedores por consenso universal do Prêmio Jim Jones por estarem conduzindo todo um pais para o suicídio coletivo.

A continuar com a política genocida do atual governo nem os bons sobreviverão e Israel perecerá baixo o desprezo de todo o mundo..

O Sr., Lieberman, que trouxe da sua Moldávia natal vasta experiência com pogroms, está firmemente empenhado em aplicá-la contra nossos irmãos palestinos. Este merece só para ele um tribunal de Nuremberg.

Digo tudo isso porque um judeu humanista não pode assistir calado e indiferente o que está acontecendo no Oriente Médio. Precisamos de força e coragem para, unidos aos bons, lutar pela convivência fraterna entre dois povos irmãos.

Abaixo o fascismo!

Paz Já!

Silvio Tendler é cineasta

Fonte Fundação Lauro Campos

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Segundo FMI, ajuda a bancos na crise chegou a US$ 9,6 trilhões

Ao mesmo tempo, governos tentam passar a conta para os trabalhadores...

Nesta semana, o FMI estimou que já foram reservados US$ 9,6 trilhões para os bancos falidos na crise global. Segundo o próprio FMI, essa ajuda ao setor financeiro provoca a explosão do endividamento nos países mais avançados do mundo.

Agora, os governos querem que os trabalhadores e aposentados paguem a conta dessa extrema generosidade aos rentistas. O governo francês, por exemplo, congelou os gastos públicos e trabalha para executar a Reforma da Previdência. Tais medidas foram tomadas, segundo o próprio governo francês, para se preservar a boa classificação dos títulos da dívida da França junto às agências de risco internacionais. Ou seja: tais agências, representantes do rentismo, hoje possuem um poder acima dos governos, impondo que a prioridade nº 1 seja o pagamento da dívida, mesmo que esse endividamento tenha sido feito para salvar os próprios rentistas da falência.

Mas os sindicatos europeus não aceitarão essas propostas indecentes: vão convocar greve-geral. A população também condena tais medidas na Espanha, onde a reforma trabalhista proposta pelo FMI derrubou a popularidade do presidente Jose Luis Zapatero.

Fonte lucianagenro.com.br

O ator Wagner Moura participa da luta para acabar com o trabalho escravo no Brasil



O ator Wagner Moura mostrou que o Brasil tem a oportuinidade de mostrar ao mundo sua posição contra o trabalho escravo.

"Não há justificativa para que alguém se oponha a essa PEC”, disse.(Rede de Comunicadores da Reforma Agrária)

Câmara recebe 280 mil assinaturas de apoio à PEC 438

Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, que prevê o confisco de terras de escravagistas, está parada desde 2004 na Câmara Federal. Matéria foi debatida no I Encontro Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo

Brasília (DF) – O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), recebeu, nesta quarta-feira (26), mais de 280 mil assinaturas do abaixo-assinado de apoio à aprovação imediata do confisco de terras de escravagistas.

A expropriação está prevista na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 438/2001, que permanece estacionada, desde agosto de 2004, à espera de votação em 2o turno no Plenário da Câmara. A proposta já foi aprovada no Senado e passou em 1o turno no próprio Plenário da Câmara.

Na prática, o conteúdo do que prevê a PEC 438/2001 – assinada oficialmente pelo senador Ademir Andrade (PSB-PA), mas na qual está apensada a proposição pioneira no mesmo sentido apresentada pelo deputado federal Paulo Rocha (PT-PA) em 1995 – tramita há exatos 15 anos no Congresso Nacional.

Os ministros Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e Carlos Lupi (Trabalho) estiveram presentes na entrega das centenas de milhares de adesões, bem como senadores – José Nery (PSol-PA) e Eduardo Suplicy (PT-SP) – e deputados federais – Chico Alencar (PSol-RJ), Luciana Genro (PSol-RS) e Paulo Rubem Santiago (PDT-PE). Também acompanharam a referida comitiva os atores Wagner Moura e Sérgio Mamberti, além de representantes de organizações da sociedade civil como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos (CDVDH), de Açailândia (MA).

No ato de entrega que fez parte da programação do I Encontro Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, Michel Temer afirmou aos presentes que atuará para colocar a proposta em votação e citará a emenda na próxima reunião do Colégio de Líderes da Câmara, que define a pauta final do pleno. Pediu ainda ajuda da sociedade civil e dos outros parlamentares no convencimento de seus pares. Levantamento realizado pela Repórter Brasil em março deste ano mostrou a escassa disposição, entre os principais líderes da Casa, de aprovar definitivamente a matéria ainda nesta legislatura.

(Texto Integral no Repórter Brasil)

Fonte: oficialwagnermoura.blogspot.com

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Gregório Bezerra...

Quem não conhece tem que conhecer:Gregório Bezerra, histórico lider comunista do Brasil. Sua vida foi um exemplo de dedicação, de coragem, de dignidade pela causa proletária. Nasceu em 1900 e em 1917 já tinha sofrido sua primeira prisão. Participou da intentona comunista e foi preso novamente. Sempre resistindo, sempre defendendo o objetivo comunista. Foi deputado federal mais votado por Pernanbuco. Homem pobre desde infância que conheceu a fome e as maiores dificuldades, mas que não desistiu nunca e se formou como quadro político, dirigente como poucos Em 1964 foi preso e brutalmente torturado. Bem, assistam a entrevista, vale a pena. Meu amigo Martiniano Cavalcanti, quando saiu do PCB, por volta de 1979, colocou, junto com seus companheiros, o nome de Coletivo Gregório Bezerra em sua organização. Nome bem escolhido.


terça-feira, 1 de junho de 2010

Santos sedia Congresso da Classe Trabalhadora

O Conclat – Congresso da Classe Trabalhadora acontece nos dias 5 e 6 de junho na cidade paulista de Santos. No centro do debate, está a criação de uma nova central classista, combativa e unitária dos trabalhadores e trabalhadoras.

“Esse é um acontecimento muito importante, pois dá um enorme passo para unificar as lutas dos trabalhadores e dos sindicatos combativos, que não se venderam ao governo”, avalia a deputada federal Luciana Genro.

O evento ocorre nos dias 5 e 6 de junho, na Avenida General Francisco Glicério, 206 – Santos/SP.


Fonte: psolsp.org.br

Repudiar a agressão covarde do terror sionista

O ataque que resultou na morte de 19 civis, com centenas de feridos, foi mais do que uma provocação. Ao atacar o comboio humanitário, conhecido como Frota da Liberdade, que pretendia entregar 10 mil tonadas de alimentos na Faixa de Gaza, o Estado de Israel reafirma seu caráter terrorista.

Esse é um dos piores episódios recentes da política belicosa perpetrada pelo Estado sionista. Significa uma agressão covarde e um ataque não apenas aos missionários e ao povo palestino, senão um ataque a todos os povos e democratas do mundo.

O dever de todos os governos, independentemente de sua visão política e ideológica, é a ruptura imediata das relações diplomáticas e comerciais com esse Estado assassino.

O PSOL reafirma seu compromisso com todas as iniciativas de solidariedade com o povo palestino. Vamos a participar do repúdio com os milhões que saíram às ruas nos cinco continentes para repudiar o terrorismo do Estado de Israel.


Secretaria de Relações Internacionais do PSOL

PT - PSDB: Diferenças?

Em 2010, o PT e o PSDB disputarão pela quinta vez consecutiva a Presidência da República. Em duas delas (1994 e 1998), o PSDB levou a melhor; nas duas seguintes (2002 e 2006), ganhou o PT. Os dois partidos perdem em tamanho para o PMDB, partido que reúne o maior número de parlamentares no Congresso e mandatos no executivo em âmbito municipal e estadual, porém, PT e PSDB, já há algum tempo polarizam a política nacional. Os demais partidos, com poucas exceções, gravitam em torno de ambos.

Em que pese à intensa e já histórica disputa que travam os ataques verbais e acusações que trocam mutuamente e permanentemente, as diferenças dos partidos, principalmente programática e de método - o jeito de se fazer política - são menores do que se pensa. A afirmação pode parecer pouco compreensível e anacrônica ainda mais às vésperas das eleições e, sobretudo, quando se ouve reiteradamente que as eleições colocarão em disputa diferentes projetos políticos.

Nos últimos anos, entretanto, mais do que projetos políticos, PT e PSDB disputam o poder. O PT quando assumiu o governo não rompeu com a política econômico-financeira do PSDB e tratou de juntar à ortodoxia econômica políticas sociais de forte incidência junto aos mais pobres; agora tampouco, o PSDB romperá com as políticas sociais do PT.

Faz algum tempo circulam análises de que PT e PSDB são estampas da matriz paulista - o "motor" do capitalismo brasileiro - e com o advento da nova ordem econômica internacional, a globalização, a representação financista (PSDB) e produtivista (PT) fizeram com que os mesmos se aproximassem programaticamente.

A partir dessa perspectiva, Fernando Henrique Cardoso (FHC) teria governado oito anos a partir dos interesses paulistas articulados aos interesses do capital financeiro internacional, e Lula a partir do capital produtivo sem, entretanto, afrontar os interesses do capital financeiro.

O governo Lula passou a ser o grande modelo de governo mundial, um governo capaz de unir o que antes era impensável: o mercado com o social. Por um lado, preservam-se os interesses da banca financeira, e por outro, atende-se os pobres com o Bolsa-Família - um vigoroso programa social que distribui renda para mais de 12 milhões de famílias brasileiras. A síntese dessa singularidade é manifesta pelo livre trânsito de Lula no Fórum Social Mundial e no Fórum Econômico Mundial. Em ambos, Lula é aplaudido.

Para além da semelhança programática, PT e PSDB se parecem cada vez mais iguais no jeito de fazer política. A ruptura prometida com a 'Velha República' e inclusive com a 'Nova República', através do surgimento do PT que arrombou a política nacional pela 'porta dos fundos' e se apresentou com a grande novidade na política brasileira não se efetivou. O PT e o governo Lula repetem os velhos métodos condenáveis da política nacional, ou seja, o clientelismo e o fisiologismo como regra justificável para se manter a governabilidade.

Se o PSDB tinha o PFL como grande aliado, o PT tem o PMDB. Ambos, PFL e PMDB em seus respectivos momentos de partilha do poder arrancam o que podem - cargos e recursos - para dar sustentação política aos "titulares" do poder. Foi o governo de coalizão que fez ressurgir no cenário nacional figuras que julgavam-se superadas como José Sarney, Jader Barbalho, Romero Jucá, Geddel Oliveira, Collor de Mello, entre outras. Tudo passou a ser justificado pela governabilidade.

Tristemente o PT foi também aos poucos sucumbindo ao centralismo, caciquismo e personalismo. A defendida tese de que os partidos é que devem ser valorizados e não as pessoas, foi sendo deixada de lado. A realidade é que o PT foi engolido por Lula. É Lula quem decide, arbitra, define. Tudo passa por ele, do presidente do partido ao candidato à sucessão presidencial.



*Cesar Sanson é pesquisador do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores e doutor em sociologia pela UFPR (Universidade Federal do Paraná)

Fonte: Fundação Lauro Campos

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Os candidatos, por Flávio Tavares*

O mais positivo detalhe da próxima eleição presidencial é o nível intelectual dos candidatos, a experiência administrativa e, afiançando tudo isso, o passado de cada um. Pela primeira vez desde a redemocratização, não há aventureiros entre os pretendentes ao Palácio do Planalto.

Isto é tão promissor, que apaga (ou dilui) o confuso entrevero em que partidos supostamente antagônicos se juntam em promíscuas uniões políticas. No fundo, isso apenas revela a decadência da nossa vida partidária: os partidos transmutaram-se em aglomerados de gente em busca das benesses do poder, com seus “donos” provando a esmo o sabor das flores, como colibri em voo.

O essencial é que cada um dos quatro nomes apresentados até agora pode orgulhar-se do passado. Em 1989, a primeira eleição após o jejum da ditadura teve ainda tons de circo na enxurrada de 11 candidatos: entre eles, um tal de Marronzinho, além daquele que se notabilizou por só poder dizer “Meu nome é Enéas”.

Agora não há candidatos ridículos, pelo menos à Presidência. Mas há uma crítica a fazer: não aos candidatos ao Planalto e, sim, aos meios de comunicação. Imprensa, rádio e, mais ainda, a TV, continuam a valorizar as pesquisas de voto (a maioria sob encomenda), como se eleição fosse corrida de cavalos em que só vale o vencedor. Assim, abastarda-se a campanha eleitoral e se menospreza o debate sobre os grandes temas nacionais.

Além disso, sonegam-se informações essenciais, sobretudo na TV, que hoje dá a pauta comportamental do país. Sabe-se que José Serra é candidato, que Dilma Rousseff também o é, tal qual Marina Silva. Nada se diz, porém, do candidato Plínio Arruda Sampaio, que aos 28 anos de idade, em 1958, governou de fato o Estado de São Paulo (no auge da expansão) como coordenador do Plano de Ação do governador Carvalho Pinto. Depois, em 1963, deputado federal pelo Partido Democrata Cristão, relatou o projeto de reforma agrária, e por isso foi cassado e perseguido durante a ditadura.

Nesse tempo, Serra dirigia a UNE, Dilma era secundarista e Marina apenas uma criança entre os seringais. Mas o nome de Plínio não aparece nos noticiários nem nas pesquisas apresentadas aos eleitores, as quais se limitam aos “três principais candidatos”.

Quem define que são três? A característica da democracia é igualar os candidatos, nunca bani-los do conhecimento do eleitor.

Conheço Plínio Sampaio há quase 50 anos, tal qual José Serra. Ambos militaram na Juventude Universitária Católica, da qual Plínio (mais velho) foi presidente nacional, e se exilaram no Chile durante a ditadura. Conheço Dilma Rousseff dos tempos da resistência democrática e, depois, de quando trabalhamos juntos no Legislativo gaúcho. Jamais vi Marina Silva, mas sei da sua dedicação à Amazônia.

Acompanho a vida dos quatro e, por isto, não posso reduzi-los a três. Plínio Sampaio vem usando o diálogo pela internet, além de reuniões de debates pelo país inteiro, para compensar o desdém com que é tratado pela imprensa. Foi um dos fundadores do PT e seu candidato a governador de São Paulo em 1990, além de deputado federal. Deixou o partido no auge dos escândalos de anos atrás e integrou-se ao PSOL.

O aparente tom ranzinza do seu partido explicará o muro de silêncio ao redor do seu nome?? Lástima se assim for: Plínio é conhecedor profundo do problema agrário e seu nome – com os de Serra, Dilma e Marina – completa o melhor quadro de candidatos desde a redemocratização.

*Jornalista e escritor

Fonte: Zero Hora